Esportes | 10/11/2009 18h20min
O técnico Mário Sérgio concedeu uma entrevista coletiva inusitada na tarde desta terça-feira, no Beira-Rio, após o treino do Inter. Visivelmente irritado, o treinador declarou guerra contra a imprensa gaúcha.
– Todos os treinadores foram massacrados aqui. O Abel, o Tite. E eu quero mesmo isso. Eu quero pau, eu quero guerra, eu vim para a guerra nesses dois meses – afirma.
Mário Sérgio disse que não acompanha as notícias veiculadas pela imprensa, mas reclamou das críticas de alguns jornalistas.
– Não é menosprezo nem desrespeito com vocês, mas eu não acompanho nenhum programa, não leio nenhum jornal, não entro na Internet. Na rua sim eu sinto alguma coisa pelo estado de humor dos torcedores – comenta. – Respeito as pessoas idôneas e corretas, e tem a outra parte que eu não respeito, que fomenta a discussão, a discórdia, o sensacionalismo. Mas eles não pensam que isso pode jogar pessoas irresponsáveis contra profissionais que têm família. Deveriam ter responsabilidade – complementa.
Nesta terça, o comandante colorado também anunciou que todos os trabalhos no Beira-Rio serão fechados até o final do ano, mesmo que sejam apenas treinos físicos. Além disso, as entrevistas coletivas somente serão realizadas na sala de conferências.
– A ideia de trazer a entrevista para cá foi minha porque é mais confortável. Ali (na entrada do vestiário) a gente passava, dava boa tarde, bom dia, apertava mão, tocavam nas minhas costas e depois usavam o microfone como armas. Agora é uma relação só profissional. Faço treino fechado porque quando eu abro vejo muitos de vocês batendo papo de costas. E se não vão ver o trabalho mesmo, vou fechar – afirma o treinador.
Em relação às próximas partidas do Inter, Mário Sérgio disse que não vai mais antecipar o time. O treinador também elogiou o time, e disse que “só falta a bola entrar”.
– Se nosso time estivesse em primeiro lugar, não haveria motivo para mudar. Mas eu tenho todos os motivos para mudar tantas vezes eu quiser, quantos esquemas eu quiser. Se você se acomoda, no mínimo é omisso – finaliza.
Um repórter ainda tentou uma última pergunta, mas Mário Sérgio levantou-se e virou as costas, indo embora de maneira brusca. O jornalista insistiu, pedindo a atenção do técnico, e a permissão para fazer mais um questionamento:
– Não pode, não – decretou o técnico do Inter.
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