Esportes | 15/10/2009 22h10min
Quando a diretoria do Grêmio anunciou a contratação do lateral Lúcio, em agosto deste ano, os gremistas logo lembraram 2007, quando o jogador fazia com Carlos Eduardo uma dupla quase infernal pela esquerda na campanha do vice-campeonato da Libertadores. Mas o recomeço com a camiseta tricolor está sendo difícil.
Lúcio veio de uma séria lesão no joelho sofrida no futebol alemão, ficou uma temporada inteira sem atuar. Pelo Grêmio, quando começava a ter uma sequência de jogos, foi obrigado a parar devido a um problema no ombro. Voltou na partida contra o Atlético-PR, duas rodadas atrás, mas ainda não reencontrou o futebol que o consagrou na temporada de 2007. Para o lateral-esquerdo, além da falta de ritmo, o desequilíbrio apresentado pela equipe gremista vem atrapalhando seu rendimento:
– Em 2007, quando eu passei aqui, tinha uma jogada boa com o Carlos Eduardo. Eu tocava a bola nele, mesmo que às vezes ele estivesse marcado por dois ou três jogadores, e passava. Esta confiança o jogador tem que ter. O Paulo está colocando um jogador para dar a sustentação pelo lado esquerdo, que já tem demais pelo lado direito. Pelas características dos nossos jogadores, estamos atacando mais pelo lado direito. Pelas minhas características, sempre jogo pra frente – disse Lúcio.
O lateral-esquerdo revelou que já teve uma conversa com o técnico Paulo Autuori sobre isto e espera ser mais acionado nas próximas partidas:
– Quando o Bruno Collaço estava jogando, os laterais adversários se comportavam de uma forma. Mas, sabendo que eu tenho outras características, eles já ficam mais na marcação. Eu vou estar sempre passando ali. Se eu passar uma, duas vezes, e não receber, a terceira já passa meia boca. O Paulo já conversou comigo. Tudo vai depender do jogo. Vai ter jogo que os ataques serão mais do lado direito e em outros pelo esquerdo. Temos que ter equilíbrio e atacar pelos dois lados.
Mesmo que tenha como característica principal o apoio ao ataque, Lúcio sabe que terá que tomar muito cuidados defensivos com Marcelinho Paraíba no domingo, que é o jogador de movimentação do sistema ofensivo do Coritiba:
– O Marcelinho é um jogador de qualidade. E todo o jogador de qualidade não pode ter espaço. Uma das características dele é o chute de longe e ele só vai conseguir chutar se tiver espaço. O Marcelinho é experiente, bom na bola parada. Mas eles também têm que se preocupar com a gente – encerra Lúcio.
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