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Esportes  | 13/10/2009 03h42min

Fernando Carvalho: “Mário nos diz o que vai fazer”

Vice de futebol do Inter diz que mudanças do técnico são do conhecimento prévio de dirigentes

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Objetivo era esse mesmo: dar um susto. Logo na chegada, Mário Sérgio já virou do avesso os mais básicos dos costumes do Beira-Rio: desmarcou treino em cima da hora, alterou o time que anunciara na véspera, irritou-se com perguntas na entrevista após o primeiro resultado ruim e colocou Andrezinho no lugar de Marcelo Cordeiro no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR. Mas os sustos de Mário Sérgio são familiares à direção.

É o que diz o vice de futebol Fernando Carvalho. Ele diz que sabe de todos os planos de Mário Sérgio com antecedência. Até a decisão de colocar Andrezinho aberto pela esquerda. Só foi tomado de surpresa no treino da manhã da última sexta-feira, desmarcado depois que todos, inclusive Carvalho, estavam no Beira-Rio prontos para o trabalho. Mas o vice de futebol garante que está tudo como o combinado.

– Não tem surpresa alguma. Ele veio para mudar o discurso, para ousar e alterar tudo mesmo – avisa Carvalho. – Precisávamos disso.

Mesmo assim, algumas mudanças ainda estão sendo assimiladas pelos dirigentes. Uma delas diz respeito aos treinos. Mário Sérgio treina várias alternativas. E não descarta a hipótese de, não gostando de nenhuma delas, optar por outra. Da mesma forma, pode dar entrevistas apontando um time e depois decidir-se por outro. É bem diferente de Tite, que costumava treinar e jogar do mesmo jeito. É este novo método que ainda está sendo assimilado no Beira-Rio.

- Você acha que Carvalho está por dentro de tudo que Mário Sérgio está fazendo?

– É o estilo dele. O Mário nos disse que faria isso. Gosta de testar uma, duas, três escalações, de testar jogadores em condições de exercer mais de uma função – esclareceu Carvalho, referindo-se a Bolaños, que treinou na ala esquerda e jogou na direita contra o Atlético-PR.

As folgas de domingo e de ontem também foram defendidas pela direção. Segundo o diretor Giovani Luigi, os departamentos de preparação física e fisiologia gostaram da ideia:

– Era o momento de folgar. O Inter foi muito exigido pelo calendário apertado e pelas competições simultâneas. Isso ficou combinado lá atrás. É bom para diminuir o estresse.

ZERO HORA
Juliano Schüler / 

O vice de futebol só foi pego de surpresa com mudança do treino
Foto:  Juliano Schüler


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