Em meio às especulações quanto à venda do Milan, o clube já tem um possível comprador: o empresário albanês Rezart Taçi. O atual dono do Rubro-Negro, Silvio Berlusconi, foi multado em € 750 milhões neste final de semana, e, segundo a imprensa italiana, ele poderá se desfazer do time para saldar a dívida.

– Estou pronto para assumir o Milan – disse o empresário em uma entrevista publicada nesta terça pela revista Guerin Sportivo. – Não acredito que Berlusconi queira se privar do clube, mas se assim fosse, estaríamos muito interessados em adquiri-lo – acrescentou.

Berlusconi enfrenta dificuldades econômicas devido a uma decisão judicial que determina o pagamento de € 750 milhões de indenização pela compra do grupo editorial Mondadori. A sentença, estipulada pelo Tribunal Civil de Milão, foi anunciada no último sábado. O chefe de Estado italiano deverá pagar o valor para indenizar o empresário Carlo De Benedetti, que também pretendia adquirir o grupo Mondadori.

Rezart Taçi negou que já seja acionista do Milan, mas garante ter boa relação com os dirigentes.

– Há a profunda amizade com Silvio Berlusconi e Adriano Galliani (vice-presidente do Milan), além de um programa de colaboração para o futuro em iniciativas como 'Milan Junior Campus' e 'Milan Parc' – garantiu.

De acordo com fontes locais, a avaliação de mercado do clube é inferior a € 700 milhões, com os quais Berlusconi cobriria grande parte dos dígitos vermelhos em sua conta devido à multa imposta pela Justiça de Milão.

O patrimônio neto atribuído ao político no grupo Fininvest, que é de sua propriedade, é de € 1,6 bilhão, montante que não inclui o Milan. Anteriormente, especulava-se a possibilidade de o time ser vendido para o presidente da Líbia, Muammar Kadafi, o que foi desmentido pelo grupo de Berlusconi.

Rezart Taçi é um empresário albanês do mundo do petróleo e grande apaixonado por futebol, que há algum tempo esteve a um passo de comprar o clube. Ele também tentou adquirir o Bologna. Em relação às fracassadas negociações com o outro time italiano, ele disse apenas que não pode "revelar os verdadeiros motivos pelos quais não concluímos a aquisição".