Capitão da seleção brasileira sub-17 e um dos escolhidos pelo técnico Paulo Autuori para compor o grupo principal em 2009, o zagueiro Gerson, 16 anos, pode sair do Grêmio por irrisório R$ 1,2 milhão.

Esse é o valor da multa rescisória, que clubes brasileiros e do Exterior já se habilitaram a pagar. Empresários que acompanham a trajetória de Gerson em seleções de base estimam seu preço de mercado em não menos de 5 milhões de euros (em torno de R$ 12 milhões).

O Grêmio tenta antecipar a renovação do contrato do jogador, que se encerra em 2011. A ideia é estendê-lo até 2014, com reajuste a partir de 2010, quando completará 18 anos. Os valores, no entanto, ainda não agradam o empresário grego Dimitrios Tzalas, representante do zagueiro. Tzalas ainda terá uma terceira reunião com o diretor de futebol, Luiz Onofre Meira, assim que o zagueiro voltar do Mundial sub-17 (de 24 de outubro a 15 de novembro).

– A segunda proposta ficou mais ou menos perto daquilo que pedimos – admite o grego.

Tzalas teria exigido em torno de R$ 100 mil de luvas para aceitar a prorrogação, que o Grêmio se nega pagar.

– O clube tem parâmetros e não vai se afastar deles – afirma Meira.

O representante diz que os clubes estrangeiros interessados em Gerson estão entre os oito maiores da Europa. No Brasil, São Paulo e Palmeiras são candidatos.

– Só depende do Grêmio – alerta.

Um fator que tranquiliza a direção é o desejo do zagueiro de permanecer no Olímpico. Gerson tem sido observado pela comissão técnica nos jogos da Copa Arthur Dallegrave, nos quais o Grêmio escala seu time B.