Esportes | 22/09/2009 14h38min
Jonas e a torcida do Grêmio vivem uma relação de amor e ódio. Alguns gremistas, porém, garantem que sempre gostaram do atacante, outrora odiado e agora artilheiro do Brasileirão ao lado de Adriano, do Flamengo. É o caso da microempresária de Bento Gonçalves Ísis Peruzzo da Silveira, 25 anos. No último domingo, ela levou uma faixa para o Estádio Olímpico. Não para homenagear o argentino Maxi López, ou o capitão Tcheco, ou o goleiro de Seleção Victor, mas em alusão ao contestado camisa 7, pedindo que ele volte a fazer suas danças características nas comemorações dos gols.
— Faz uns dois anos que eu gosto do Jonas, desde a outra vez em que ele jogou no Grêmio. Sempre soube que uma hora ele iria dar certo — afirma.
Depois de enviar a foto para o clicEsportes, Ísis contou que impôs uma condição ao marido para acompanhá-lo ao jogo. Só iria se pudesse fazer a homenagem com a inscrição "Baila comigo". Samuel, 29 anos, sócio do Grêmio, aceitou. Ela garante que a admiração pelo
jogador não causa
ciúmes em casa. E que ganhou o apoio de Samuel para ir ao Olímpico pedir para dançar com Jonas.
— É muito legal a dancinha dele. Fiquei triste porque no outro jogo ele não dançou, porque a mãe dele falou para não fazer mais. Quero pedir para ele voltar a dançar, mas acho que ele não viu a faixa — lamenta.
Ísis já conversou com seu ídolo. Foi na pré-temporada do time, em Bento. Ela aproveitou que os jogadores iriam visitar uma vinícola em que o seu irmão trabalha e conseguiu acesso a eles.
— O Jonas perguntou se a minha filhinha, que já tem 10 anos, era minha irmã. (...) Eu gosto dele porque é uma pessoa simples. Tem jogadores que viram a cara, e o insucesso deles no campo é visível. Eu gosto de gente simples.
Dentro de campo, a característica que Ísis mais gosta em Jonas é a garra.
— Ele acredita na jogada, às vezes meio malucas, mas ele vai mesmo assim. Não dá para desistir. O Jonas é a prova de que tem que
dar tempo ao tempo. Esse é o ano dele. Ele vai ser
artilheiro isolado do campeonato. O Adriano já era!
Ísis lamenta as críticas exageradas a Jonas, principalmente do jornal espanhol que o chamou de pior atacante do mundo. Por outro lado, afirma que aquele episódio pode ter gerado um sentimento que impulsionou ainda mais o jogador a dar a volta por cima. Mesmo assim, ela mesmo admite que Jonas tem todo um jeito peculiar de marcar.
— Quando ele foi bater o pênalti contra o Fluminense, eu disse: ele não vai fazer o gol. Porque pênalti é muito fácil, ele gosta de gol complicado. Com ele, sempre tem que ser mais difícil.
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