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 | 03/09/2009 14h10min

Quem vende mais camiseta na dupla Gre-Nal?

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 



 





Não deixa de ser curioso. Os dois maiores ídolos do futebol gaúcho na atualidade não são gaúchos. Renato Portaluppi e Falcão, apenas para ficar em dois exemplos grandiosos de Grêmio e Inter, eram gaúchos. Alguém lembrará que Falcão é catarinense. Com razão. Mas ele mesmo faz questão de salientar que, para o futebol, considera-se gaúcho de origem. Decidiu morar em Porto Alegre para o resto da vida, inclusive.

Não é o caso de Guiñazu (D, na foto) e Maxi López (E). Eles são argentinos. E são também os jogadores que mais vendem camisetas da dupla Gre-Nal.

As informações são da GremioMania e Intersports, lojas oficiais que centralizam este tipo de dado no Olímpico e no Beira-Rio. 

Guiñazu é um caso explícito de identificação com o torcedor.

Mesmo quando Nilmar, formado nas categorias de base e preferido do público adolescente, empilhava golaços com direito a longas reportagens no Jornal Nacional, Guinazu rivalizava com ele na venda de camisetas.

Agora, com Nilmar vestindo o amarelo do Villarreal, da Espanha, o argentino de Córdoba reina soberano no coração dos colorados. Se continuar marcando gols de vez em quando, como fez contra o Goiás, vai ser difícil superá-lo. Talvez D'Alessandro consiga, depois da volta fulminante de ontem, na vitória sobre o Atlético-MG. Mas só por um tempo. Em seguida, é certo que Guiñazu retoma a ponta.

No Olímpico, o carisma de Maxi López é mesmo impressionante.

A concorrência é forte. Com um milagre atrás do outro, seria compreensível que o goleiro Victor liderasse a procura por camisetas. Mais ainda agora, convocado pela segunda vez por Dunga para a Seleção Brasileira. Mas não: os gremistas entram na loja atrás da camiseta 16 de Maxi López, que ainda não completou nem um ano de Grêmio.

Nem Tcheco, um jogador bastante identificado com as raízes tricolores em sua segunda passagem pelo clube, é o preferido. Tudo bem que o capitão gremista encontra resistências de uma parte da torcida, o que pode ser uma explicação. Mas a outra parcela, a que admira Tcheco, é grande e atuante. Não seria absurdo se fosse ele o líder de vendas.

Qual a explicação para os ídolos do futebol gaúcho serem dois estrangeiros? Simples: o torcedor, antes de talento, gols ou certidão de nascimento, busca provas de amor. Guinazu e Maxi López são assim.

Correm o tempo todo, reclamam do árbitro quando se julgam injustiçados, vão para cima do adversário na hora de defender um companheiro, não se metem em polêmicas nos microfones, respeitam as decisões do treinador, sempre valorizam o clube e a torcida. Se eles fossem ruins, não seriam ídolos, ainda que desmaiassem em campo de tanto esforço. Sei disso.

Mas nenhum deles é craque, isso é fato. Portanto, o que comove os torcedores nestes tempos de dinheiro e negócios acima de tudo é o seguinte: Maxi e Guiñazu vestem a camiseta do Grêmio e do Inter como se tivessem nascido gremista e colorado. O fazem por amor. O que, com algum otimismo, nos dá esperança de um futuro melhor.




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