A Seleção se prepara para uma nova batalha de Rosário, no sábado, às 21h30min (de Brasília), no Gigante de Arroyito. O duelo, que normalmente acontece em Buenos Aires, foi transferido para a cidade a pedido do técnico Diego Maradona, que também solicitou uma grama baixa e o campo molhado para dificultar a vida dos brasileiros. Apenas cinco metros separam a arquibancada do gramado.

– Espero um jogo bem pegado, e precisamos aproveitar os espaços que eles oferecerem. É um clássico que envolve muita rivalidade. E se fala muito também. Mas tudo se resolve em campo. A Argentina vai vir para cima do Brasil pela necessidade que ela tem de vencer. É um campo pequeno e a seleção está preparada para tudo. É uma partida que todo jogador gosta de jogar – disse Luís Fabiano, que tem sete gols nas Eliminatórias.
 
A Argentina tem a segunda melhor campanha como mandante destas eliminatórias. São cinco vitórias e dois empates jogando em casa, o que significa um aproveitamento de 81%. A força dos nossos hermanos com o apoio da torcida pode ser comprovada ao comparar com a campanha como visitante.

Dos 21 pontos disputados em casa, os argentinos conquistaram 17. Já atuando na casa do adversário, o time comandado por Maradona só ganhou cinco dos 21 pontos em jogo (vitória sobre a Venezuela, empate com Brasil e Peru, e derrotas para Equador, Bolívia, Chile e Colômbia).

– Temos de se preocupar com a Argentina como um todo. É um jogo difícil, a torcida vai fazer a parte dela, mas não entra em campo. E a gente vai saber levar isso aí e fazer uma grande partida – disse o volante Felipe Melo.
 
Desde que as Eliminatórias sul-americanas começaram a ser disputadas no esquema de pontos corridos, o Brasil perdeu as duas partidas que disputou na casa do rival. Em 2001, vitória argentina por 2 a 1. E em 2005, por 3 a 1. O volante Lucas, companheiro de Mascherano no Liverpool, da Inglaterra, pediu informações sobre o estádio de Rosário.

– Conversei com o Mascherano para saber como era o gramado de Rosário. Sei que é um campo apertado, mas temos experiência para lidar com isso. Com certeza a torcida vai fazer a parte dela, mas vamos entrar em campo focados – disse Lucas.

No duelo entre os times principais, o Brasil não perde para a Argentina há quatro anos. A última derrota foi justamente pelas Eliminatórias da Copa da Alemanha, em 2005. Desde então foram três vitórias e um empate sem gols, ano passado, em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias.