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 | 31/08/2009 14h30min

A reunião que pode definir o futuro do Inter

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 Jefferson Botega




 




É hoje. Em conversa fechada com os jogadores no vestiário, o técnico Tite vai decidir se mantém o esquema com três zagueiros para enfrentar o Atlético-MG no Beira-Rio, quarta-feira.

Foi o que me disse Bolívar, entrevistado do Bate-Bola de ontem, na TVCOM, ao final da programa. No ar, ele manifestou o seu desejo. Que, percebemos todos durante a entrevista, é também o do grupo: os jogadores do Inter esperam com sofreguidão que Tite mantenha o 3-5-2.

Sendo assim, o Inter pode estar decidindo hoje, após a estupenda goleada de 4 a 0 sobre o Goiás na qual Tite abandonou o cansado losango de meio-campo para remontar um time cheio de vivacidade no 3-5-2, nesta tarde de verão em Porto Alegre o Inter pode estar definindo o seu futuro.

Não se briga com fatos: a novidade do Inter pós-rodada, para além de Marquinhos (foto), é o desenho tático suficientemente ousado para superar os desfalques de Sorondo, Sandro, D'Alessandro, Alecsandro, Taison e até Andrezinho.

Toda segunda-feira, Tite conversa com os jogadores. Nestes 30 minutos de papo, às vezes uma hora, há liberdade para cada um manifestar sua opinião, depois de o treinador esquadrinhar a última partida. É aí que os jogadores dirão como flanaram no novo esquema. O técnico não deixou claro na sua entrevista após a partida se manterá ou não o modelo que fez o Inter ter um desempenho superior como há muito não se via. Daí a apreensão.

Quando Fabiano Eller foi contratado, escrevi que os zagueiros do Beira-Rio eram talhados para o 3-5-2. Sugeri Sorondo de libero, Eller pela esquerda, Bolívar na direita. Mas pode ser Índio pelo lado direito. Ou Bolívar na sobra. Na verdade, tanto faz. São todos jogadores com perfis que se encaixam nesta engenharia tática. Não fica um esquema retrancado.

Eller, Índio e Bolívar, especialmente estes três, saem para o jogo. Avançam. Têm qualidade no passe. Com a bola, se somam ao meio-campo e ao ataque, se for o caso. Foi o que se viu contra o Goiás, que já perdia por 1 a 0 antes da expulsão de Fernandão: controle territorial, volume de jogo, marcação forte, chances criadas aos montes, passagens pelos lados, o goleiro Lauro reduzido a mero expectador.

Há outros bons motivos para Tite manter o 3-5-2 contra o Atlético-MG, além do perfil dos zagueiros que têm à disposição. Bolívar alinhou um realmente interessante: Kléber. Concordo com ele. No 3-5-2, Kléber se transformou. Foi como se o Inter tivesse contratado um reforço do meio para frente na janela de agosto, que termina hoje.

Sabendo que havia gente lá atrás para cobrir os seus avanços, Kléber se sentiu livre para voar. E voou. Apareceu como meia para lançar Marquinhos. Marcou um golaço por cobertura, como atacante. Chegou ao fundo para cruzar, como ala. Na direita, Danilo Silva ainda precisa melhorar a parte técnica, mas mostrou evolução. O esquema beneficia a sua velocidade.

Em resumo: está claro que abandonar de vez o losango de meio-campo e adotar o esquema com três zagueiros é a melhor providência a ser tomada pelo Inter.

Se Tite acreditar no que ele mesmo criou, pode estar dando um salto de qualidade rumo ao título.


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