Esportes | 14/08/2009 09h42min
A equipe brasileira que disputa o Mundial de atletismo deste ano, entre os dias 15 e 22 deste mês em Berlim, tem como principal objetivo o primeiro ouro para o país na história da competição. Até hoje, foram 10 medalhas conquistadas, sendo cinco pratas e cinco de bronze. Na última edição, na cidade japonesa de Osaka, Jadel Gregório terminou em segundo lugar no salto triplo.
O paranaense chega à capital alemã como candidato a outra medalha, mas terá de enfrentar a concorrência do português Nelson Évora, que lidera o ranking da temporada com 17,66 metros, e os cubanos Yoandri Betanzos e Alexis Copello. A grande esperança brasileira é Maurren Higa Maggi, medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim. Primeira brasileira a conquistar um resultado individual no atletismo, ela tem a chance de entrar para a história novamente com a inédita conquista em Mundiais para o país.
Maurren não vem tão bem como no ano passado, mas fez 6m90 em Doha e pode ameaçar a norte-americana Brittney Reese, única que superou os sete metros (7m06) e a portuguesa Naide Gomes. A russa Tatiana Lebedeva, prata em Pequim, também é uma ameaça.
– Há adversárias fortes e o desempenho de todas está muito próximo, este ano. Acho que dá para esperar um bom salto, um lugar na final e a briga por medalha – disse a atleta em declarações publicadas pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
No salto com vara feminino, Fabiana Murer tem chance de faturar a prata ou o bronze, já que o ouro deve ficar novamente com a russa Yelena Isinbayeva, sua companheira de treinos e absoluta na prova desde 2004. A brasileira chegou a ter a melhor marca do ano, saltando 4m82 no Rio de Janeiro em 7 de junho, mas a bicampeã olímpica e mundial chegou aos 4m85 um mês depois, em Roma.
Outros que podem surpreender são Marílson Gomes dos Santos, na maratona; Keila Costa, no salto em distância; e Jessé Farias de Lima, no salto em altura. O revezamento 4x100m masculino, que conta com Vicente Lenilson, Basílio de Moraes Júnior, Sandro Viana e José Carlos Moreira, é outra representação do país a ser acompanhada.
Um bom desempenho no Mundial também trará confiança ao atletismo brasileiro, abalado nas últimas semanas pela descoberta de muitos casos de doping. Os velocistas Bruno Tenório, Jorge Célio Sena, Josiane Tito, Luciana França, além de Lucimara Silvestre, do heptatlo, foram pegos pela substância eritropoetina (EPO) em um exame feito dia 15 de junho. Todos estavam em Berlim, realizando preparação para o Mundial. Outros casos anunciados nos dias posteriores trouxeram preocupação para o futuro do esporte.
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