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Esportes  | 12/08/2009 22h28min

Vice de finanças do Grêmio revela que gasto com futebol é maior que o previsto

Irany Sant'anna Jr. acredita que time competitivo vai ajudar a pagar as dívidas do clube

Os gastos com o futebol no Grêmio estão acima do previsto para o ano de 2009, segundo o vice de finanças do clube. Irany Sant'anna Jr. revelou em entrevista à Rádio Gaúcha que a folha estava prevista para ficar em R$ 2,2 milhões, mas já está perto dos R$ 3 milhões. Apesar disso, ele acredita que o time montado para a temporada pode ajudar a pagar as dívidas.

– As finanças do Grêmio são um desafio. Temos conseguido equacionar de maneira que a gente supra nossas necessidades operacionais e mantenha principalmente o nosso negócio, que é o futebol, buscando competitividade. Para isso precisamos equilibrar as dívidas com a reposição pontual de reforços ao futebol, que são necessários – explicou.

O Grêmio não tem condições de fazer contratações muito caras, mas investe recursos próprios quando acredita que é necessário. Um exemplo é a contratação de Souza junto ao PSG, da França, que foi feita com dinheiro do clube, segundo Irany Sant'anna. O atacante Leandro, que em breve deve ser anunciado, também será adquirido sem parceiros ou investidores.

– A contratação do Souza era para ser feita com parceria, mas aos 45 do segundo tempo não se efetivou e utilizamos recursos do clube. Buscamos negociar recebíveis principalmente das vendas dos jogadores Thiago Dutra e Bruno Renan – explicou.

Para o vice de finanças, há momentos em que é preciso arriscar. Ele aposta nos resultados dentro de campo para aliviar as dívidas.

– Se não tivermos competitividade o futebol, não vamos conseguir pagar as dívidas – comentou.

A dívida atual do Grêmio é de R$ 150 milhões. Mas Irany Sant'anna explica que metade deste valor é referente à Timemania e o clube não contabiliza no montante. Várias alternativas estão sendo estudadas para tentar diminuir essa dívida.

– Estamos buscando várias alternativas. Não podemos contar só com uma, e esperamos que um dê certo. É quase certo que não teremos recurso suficiente para pagar todos os credores. Então a ideia é fazer o que o mercado chama de leilão reverso. Por exemplo: não tenho dinheiro para todos, mas pago à vista porque ganho desconto. Imagino que consigamos redução do montante da dívida, reduzindo os juros.

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