Esportes | 12/08/2009 08h10min
A dança dos técnicos no Brasileirão 2009 segue em ritmo intenso. Com as demissões de René Simões (Coritiba), Ney Franco (Botafogo) e de Paulo César Carpegiani (Vitória), agora já são 18 os treinadores que perderam o emprego em meio ao campeonato. Média de uma demissão por rodada.
Dos 20 técnicos que começaram a Série A, apenas seis sobrevivem: Adílson Batista (Cruzeiro), Celso Roth (Atlético-MG), Hélio dos Anjos (Goiás), Mano Menezes (Corinthians), Silas (Avaí) e Tite (Inter). Paulo Autuori assumiu o Grêmio na terceira rodada. Destes, apenas cinco estão a mais de um ano no mesmo clube: Adílson Batista, Hélio dos Anjos, Mano Menezes, Silas e Tite.
Outro técnico, Estevam Soares, trocou o Barueri, sexto colocado na tabela de classificação, pelo Botafogo, o 15º. Conseguirá ele livrar o time o carioca da ameaça do rebaixamento? Senão, terá o mesmo destino de seu antecessor? Confira abaixo quais técnicos estão em alta, quem está com crédito na praça e quem já está a perigo.
EM ALTA
Muricy Ramalho (Palmeiras) – Nos últimos quatro Brasileirões, ele conquistou um vice-campeonato e três títulos. Assumiu o Palmeiras há pouco, após ser demitido do São Paulo, e já está na liderança no campeonato. Não será demitido tão cedo.
Ricardo Gomes (São Paulo) – Depois de se livrar da sombra de Muricy Ramalho, o novo técnico do São Paulo já começa a mostrar o seu trabalho. O time venceu as últimas cinco partidas, já é o quinto na tabela e está forte na briga pelo título.
Hélio dos Anjos (Goiás) – No Goiás desde 2008, Hélio dos Anjos tem moral com a diretoria esmeraldina. O time é o vice-líder e vai brigar pelo título, mas se conquistar uma vaga na Libertadores já terá superado as expectativas.
Silas (Avaí) – Responsável pela arrancada mais incrível do Brasileirão até agora (da zona de rebaixamento para o sétimo lugar), Silas já foi sondado por outros clubes, mas preferiu ficar na Ressacada. Está comprometido com o Avaí.
Celso Roth (Atlético-MG) – Repete a campanha de 2008 com o Grêmio e briga novamente na ponta de cima da tabela. Resta saber se vai superar o estigma de “entregar os pontos” na reta final do campeonato. Mas até lá, tem emprego garantido.
Antônio Lopes (Atlético-PR) – O “Delegado”, como é conhecido, é uma espécie de Cláudio Duarte do Atlético-PR: só assume o time na zona de rebaixamento. Vem cumprindo bem o que se espera dele e,
com três vitórias seguidas, já colocou o Furacão no 13º posto.
COM CRÉDITO
Tite (Inter) – Se não caiu quando toda a torcida e boa parte da imprensa pediram sua cabeça, não será agora que o técnico colorado irá cair. O time é o quarto colocado na tabela e dá claros sinas de recuperação após o momento turbulento.
Wanderley Luxemburgo (Santos) – Na quarta passagem pela Vila Belmiro, Luxemburgo quer brigar por uma vaga na Libertadores. Mesmo que não tenha sucesso, não será demitido antes do fim do contrato. Se o salário já é alto, imaginem a multa rescisória.
Mano Menezes (Corinthians) – O título do Brasileirão já ficou dificil para o Corinthians, mas Mano Menezes tem crédito com a Fiel. Além de tirar o time da Série B, ele já conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil esse ano. Está de bom tamanho.
SINAL DE ALERTA
Paulo Autuori (Grêmio) – Foi contratado para desenvolver um trabalho de longo prazo, mas já começa a receber as primeiras criticas da torcida e da imprensa. Tudo porque o time não consegue ganhar fora de casa.
Andrade (Flamengo) – Técnico interino após a saída de Cuca, Andrade foi efetivado no cargo. O Flamengo não faz má campanha, mas basta uma sequência ruim de resultados para que o técnico balance. E volte a ser auxiliar.
Ney Franco (Coritiba) – Um dia após ser demitido do Botafogo, acertou sua ida para o Couto Pereira com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento. Como trata-se do ano do centenário do Coxa, precisa dar uma resposta imediata. Caso contrário...
Alexandre Gallo (Santo André) – Assumiu o lugar do demitido Sérgio Guedes. O time está em franca queda na tabela e a relação com a torcida começa a ficar difícil. Se a situação não melhorar, pode sobrar para o técnico.
Estevem Soares (Botafogo) – Fazia boa campanha no Barueri até trocar o time pelo Botafogo, de maior tradição. No time carioca, as exigências também são maiores. A começar pela dificuldade de tirar o time da zona da degola.
A PERIGO
Adílson Batista (Cruzeiro) – A perda do título da Libertadores em pleno Mineirão ainda dói na alma dos cruzeirenses. O time já rondou a zona de rebaixamento e saiu recentemente. Se acontecer de novo, pode sobrar para Adílson.
Renato Gaúcho (Fluminense) – Contratado para ser o “Salvador da Pátria”, Renato Gaúcho ainda não conseguiu tirar o Fluminense da zona de rebaixamento. E os diretores do time não parecem ser tão pacientes como foram os do Vasco em 2008.
Péricles Chamusca (Sport) – Ninguém tem cadeira cativa na Ilha do Retiro com o Sport na lanterna do campeonato. A estreia (derrota de 3 a 0 para o Inter) também não foi das melhores. Se o time não reagir dentro de três a quatro rodadas, pode ter o mesmo destino de Nelsinho Baptista e Leão.
Geninho (Náutico) – Outro que vai brigar para não cair. O que não chega a ser estranho para Geninho. Ele andou frequentando a mesma rabeira da tabela com o Atlético-PR. No Furação, não aguentou a pressão e pediu demissão. Será que nos Aflitos a história vai ser diferente?
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