O Brasil já registrou 192 mortes por Influenza A (H1N1). A informação é do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que participa nesta terça-feira de audiência pública no plenário da Câmara para falar sobre a doença no país. De acordo com o ministro, a doença já representa 77% do total dos casos de gripe no Brasil. O balanço é do dia 9 de agosto. No boletim divulgado na semana passada, o total era de 96.

Segundo Temporão, até o momento 28 gestantes morreram vítimas da enfermidade — 14,5% do total de óbitos. Desse total, 30% apresentavam outros fatores de risco, como pressão arterial elevada.

— Eles se somaram à gravidez e contribuíram para uma evolução ruim do caso — disse o ministro, que participa de comissão geral na Câmara dos Deputados para discutir as medidas de combate ao vírus Influenza H1N1 no Brasil.

Segundo Temporão, 107 gestantes que contraíram a doença já receberam alta e passam bem.

O maior percentual de mortes ocorreu no Estado de São Paulo, com 40% dos óbitos registrados. Em segundo lugar, está o Rio Grande do Sul, com 23%, seguido do Paraná, com 22%, e Rio de Janeiro, com 12%. Ontem, Minas Gerais e o Distrito Federal confirmaram suas primeiras mortes em decorrência da gripe A — foram duas mulheres e um homem em território mineiro e um homem em Taguatinga (DF).

Dados do ministério indicam que 43% das pessoas que contraíram a nova gripe apresentam pelo menos um fator de risco. Dentre os principais citados pelo ministro estão pacientes com doenças respiratórias, crianças menores de 2 anos, gestantes, pacientes imunodeprimidos e cardiopatas

O ministro da Saúde voltou a defender a distribuição controlada do Tamiflu, remédio utilizado no combate à doença.

— Não há proibição formal (de venda em farmácias), mas o laboratório esta entregando toda sua produção ao Ministério da Saúde — disse.

De acordo com Temporão, 620 mil tratamentos já foram entregues aos estados. O ministro detalhou o número de postos de distribuição nos estados. O Rio Grande do Sul é o estado com maior quantidade de postos (978), seguido por São Paulo (224) e Rio de Janeiro (57).

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