Até a noite de ontem, apesar do acúmulo de más notícias sobre o avanço da gripe A no Estado, as redes pública e particular garantiam que não planejam adiar novamente o reinício das aulas, previsto para o dia 17.

Durante a semana que antecede o fim das férias prolongadas para conter o contágio, a ordem é reforçar entre alunos e professores que a rotina pode voltar ao normal no prazo previsto, desde que os procedimentos preventivos sejam levados a sério nas escolas.

Segundo a Secretaria Estadual da Educação (SEC) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe/RS), ainda não há razões para prolongar mais uma vez as férias de julho, já esticadas por causa da gripe A – discurso que também foi adotado por autoridades até a véspera do adiamento em vigor. Para o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, evitar as aglomerações nos colégios não tem mais força para frear a doença, restando apenas os cuidados de prevenção.

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Sem minimizar o perigo da gripe, as redes de ensino falavam em recomeçar as aulas reforçando a necessidade de rigor nos cuidados com a higiene.

– Nossa prioridade é a saúde dos alunos e dos professores. Até agora, não há razões para prolongarmos as férias. Estamos mantendo contato permanente com a Secretaria Estadual da Saúde (SES). É claro que, se houver dados que indiquem ser melhor adiarmos o reinício, vamos avaliar – afirma Osvino Toillier, presidente do Sinepe.

Assunto será discutido em reunião na quarta-feira

Na quarta, o sindicato fará uma reunião para discutir o assunto. O encontro, por enquanto, não pretende cogitar um novo adiamento dos retornos às escolas. Com presença confirmada da SES, o objetivo será ratificar a volta às escolas no dia 17 e oferecer capacitação para os professores. Conceitos como o de não partilhar material escolar com os colegas, manter a higiene nas salas de aula e ficar em casa no caso de sintomas serão reforçados.

Até a semana passada, tanto Sinepe quanto SEC afirmavam não existir pressão de pais e professores para que as férias fossem prolongadas. Conforme a SEC, em reunião realizada na terça com representantes das coordenadorias regionais de Educação, não houve manifestação a respeito, o que indicaria que as comunidades estão aceitando o retorno. Para o retorno dos estudantes e professores, o governo do Estado preparou uma série de recomendações, como realizar a limpeza e desinfecção das classes, cadeiras e mesas das salas.

– Nós também temos um documento com uma série de recomendações e cuidados que vamos entregar às escolas. Administrar os medos é sempre complicado. Precisamos nos guiar pelo que as autoridades de saúde estão divulgando – diz Toillier.