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 | 05/08/2009 12h03min

O recado do Japão: estancar a sangria dos gols sofridos

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Alexandre Lops, Divulgação









A conquista da Copa Suruga teve um grande mérito para o Inter. Os jogadores passaram por cima do cansaço, do gramado horroroso (o freio de ouro da Expointer bem podia ser disputado no campo do Big Eye) e do fuso horário de 12 horas. Mostraram espírito de luta e profissionalismo, premissas básicas de um time vencedor.

Ao vencerem o Oita Trinita por 2 a 1, eles garantiram aos cofres do clube a cota integral de US 600 mil e mantiveram a rotina de visibilidade internacional do Inter. Que, desde 2006, com a Libertadores e o Mundial, sempre está às voltas com algum torneio fora do país. Isso é bom. Reforça a marca do clube.

Tudo isso é verdade, mas o jogo de ontem deixa um recado claríssimo para o Campeonato Brasileiro: ou o técnico Tite ajeita o sistema defensivo ou pode desistir agora do sonho de ser campeão no aniversário de 30 anos do título invicto de 1979.

Mesmo descontado o cansaço, o segundo tempo foi preocupante. O Inter não pode tomar um gol do Oita Trinita. Não do jeito que tomou, ao menos. E não de Higashi, que tinha marcado um golzinho só na temporada. Não, portanto, de um jogador sem o hábito de marcar gols entrando livre pela esquerda e cortando o zagueiro Índio como se estivesse no quintal de casa, sem ninguém na sobra ou sequer perto para o segundo combate.

Também não pode um jogador do time adversário conduzir a bola pela intemediária defensiva ou às costas de Bolívar e Kleber como se caminhasse pelos jardins de um templo budista. Michel Alves foi destaque. E quando o goleiro é destaque, é sinal de que a zaga vazou.

O Inter terá que recompor a sua defesa já para o jogo contra o Sport, segunda-feira.

Do jeito que Palmeiras e Atlético-MG vão ganhando consistência com vitórias fora de casa na briga pela liderança, ganhar no Beira-Rio é uma necessidade quase dramática. Se levar gols como ontem, no Japão, vai ficar difícil. Até contra o Sport.

Menos mal que um recado tão claro e evidente veio com um título. É raro de acontecer.

Se Tite tiver esta compreensão acerca da urgência de estancar a sangria dos gols sofridos, o aviso para a defesa que vem do Japão pode, no futuro, resultar em dividendos superiores ao cerca de R$ 1, 2 milhão de prêmio da Copa Suruga.

Sim, porque ser campeão brasileiro três décadas depois não tem preço.

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