| 02/08/2009 19h56min
Luiz Felipe Scolari, um dos maiores treinadores da história do Grêmio, voltou a dar esperanças para a torcida tricolor. Em entrevista à Rádio Gaúcha neste domingo, desde Tashkent, no Uzbequistão, o técnico disse que seu retorno ao Brasil já tem data marcada.
— Pretendo voltar em janeiro de 2011. É um projeto que eu tenho de retornar ao futebol brasileiro e trabalhar em um grande clube daí por uns dois ou três anos — declara, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Felipão confirma que esse clube pode ser o Grêmio, time pelo qual ele conquistou uma Copa Libertadores, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e três Campeonatos Gaúchos.
— Claro que sim, é o time do meu coração. Quando voltar, talvez seja uma das equipes interessadas em mim. A minha casa em Canoas continua fechadinha, pronta para morar, e não fica longe do trabalho.
Mesmo à distância, o técnico diz que assiste aos jogos do Grêmio e a outros do
Campeonato Brasileiro. Afirma que a característica
da competição deste ano é o equilíbrio. Segundo ele, nenhuma equipe vai disparar na liderança como o São Paulo fez em outras oportunidades. Felipão falou ainda sobre o mercado de técnicos no Brasil, dizendo que os melhores continuam sendo "os de 10 anos atrás", com exceção de Mano Menezes e Adilson Batista, que se destacaram recentemente.
Luiz Felipe diz que a passagem pelo Chelsea foi "espetacular" para a sua carreira e não lamenta os problemas que enfrentou no clube inglês. E elogia a evolução do futebol uzbeque:
— Tem bons jogadores, está em ascendência, mas ainda precisa de mais organização, de um campeonato mais equilibrado. Os jogadores precisam de mais adversários qualificados para que possam crescer. É um futebol que daqui a alguns anos estará disputando em igualdade de condições com Austrália, Japão, Arábia Saudita — projeta.
O Bunyodkor está disputando a Liga dos Campeões da Ásia. Se chegar ao título, ganhará uma vaga no Mundial de Clubes
da Fifa, em dezembro. Com cinco
vitórias consecutivas no comando do time, o gaúcho está tranquilo na Ásia Central. O time treina à noite, por causa do forte calor, e ele tem bastante tempo para ficar com a família. Neste domingo, por exemplo, comemorou o aniversário de 18 anos do fiho Fabrício, e lembrou que, no dia do nascimento do menino, ele não esteve presente por causa do trabalho.
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