Esportes | 26/07/2009 17h27min
A nova geração do vôlei brasileiro não se intimidou na casa do adversário. A seleção derrotou a Sérvia por 3 a 2, neste domingo, em Belgrado, e se sagrou campeã da Liga Mundial pela oitava vez. As parciais da partida foram 22/25, 25/23, 25/22, 23/25 e 15/12.
A renovada equipe de Bernardinho não se deixou abater com os erros da arbitragem e conseguiu a superação no tiebreak. Com o octacampeonato, o Brasil se igualou à Itália em número de títulos.
Na disputa pela medalha de bronze, a Rússia levou a melhor sobre Cuba. No jogo que antecedeu à final, os russos aplicaram 3 sets a 0, com parciais de 25/13, 26/24 e 25/16, e garantiram um lugar no pódio.
O jogo
O saque, fundamento que estava sendo usado como principal arma, não funcionou no primeiro set. Por outro lado, os sérvios não perdoaram nos bombardeios. O placar logo ficou em vantagem para a Sérvia, e Miljkovic passou a ser o homem a ser parado pelo Brasil. Virando todas as bolas, ele foi ampliando o marcador. O bloqueio brasileiro não funcionou e os donos da casa fecharam em 25/22.
No segundo set, aos poucos, a seleção foi se acertando e deixando a tensão de lado. Giba ainda não conseguia pontuar, mas a jogada com Lucão passou a funcionar. Miljkovic deu trabalho no ataque, mas Murilo respondeu na mesma moeda, e as seleções passaram a se alternar no placar. Com 20 apontando no placar a favor do Brasil, Bernardinho colocou Rodrigão para sacar.
O central não jogou a semifinal por ter sofrido uma contusão no ombro esquerdo na partida contra a Argentina. Porém foi à quadra quando solicitado e soltou um saque flutuante, que desestabilizou a recepção sérvia. Um belo rali, com direito a três contra-ataques e uma defesa de pé de Grbic, deixou o Brasil a um ponto de fechar o set. Na cravada de Lucão, que resvalou no bloqueio sérvio, a seleção brasileira 25/23. O time de Bernardinho manteve o ritmo no terceiro set e fechou em 25/22/
Erros da arbitragem irritam a seleção brasileira
O equilíbrio marcou o quarto set. Brasil e Sérvia se alternaram no placar, com o bloqueio sendo o principal fundamento das equipes. No 12º ponto, Bernadinho se irritou com a arbitragem e ameaçou abandonar a quadra. Ele já havia reclamado de outras marcações, mas um saque dentro de Lucão, que foi dito como fora pelo juiz de linha, foi o estopim para a reação do técnico. Comandante da equipe dentro de quadra, Giba também ficou nervoso. Mas deixou de lado os árbitros, pediu calma ao seu treinador, e como resposta aos erros, fez dois aces seguidos: 14/13. A parcial continuou igual para as seleções. Com 19/19, Rodrigão entrou em quadra para sacar, mas o bloqueio brasileiro não parou o ataque rival. Um bloqueio de Murilo e Sidão em Miljkovic descontrolou o jogo.
Eles devolveram o ataque, que bateu na cabeça do sérvio e foi para fora. O juiz deu ponto para a Sérvia, o que levou os brasileiros à loucura. Bernardinho reclamou, pois a TV local mostrava claramente o erro da arbitragem. Os diretores chamaram o juiz de rede, que deu o ponto para o Brasil. Os sérvios, se sentindo injustiçados, retrucaram a decisão, e a partida ficou parada por cinco minutos. Com a bola em jogo, a seleção já não tinha mais a mesma concentração e cedeu o empate: 25/23.
No set decisivo, o Brasil mostrou porque não poderia ficar atrás em número de títulos na Liga Mundial. Ainda irritados com a arbitragem no início do tie-break, a seleção entrou em quadra desconcentrada e viu a Sérvia sair na frente, colocando dois pontos de vantagem no placar. Porém, um bloqueio de Murilo mudou a história para o Brasil. Fez 8/6 e deu ânimo aos companheiros, que defenderam e atacaram muito. Após um bloqueio, Lucão defendeu com o pé e deu o 11º ponto, deixando a equipe á frente do marcador. Orientados por Murilo e Giba, o time manteve a calma e fechou em 15/12, conquistando o octampeonato e o primeiro título da nova geração.
As informações são do GloboEsporte.com
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