| 22/07/2009 11h56min
O diretor-presidente do Detran do RS, Sérgio Buchmann, foi afastado do cargo na manhã desta quarta-feira. Ao sair da sala do chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, após receber a notícia, Buchmann disse que não se sente decepcionado com a decisão e que essa foi "uma página virada na vida profissional" dele.
— A vida é isso. Eu saio, assim, maior do que entrei, como homem e como profissional.
Disse que em nenhum momento recebeu qualquer tipo de pressão para que fosse confirmada a suposta dívida com a empresa de guinchos Atento.
De acordo com o ex-presidente da autarquia, o motivo para a sua saída do cargo seria a visita de Ricardo Lied, chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, à casa de Buchmann. Wenzel disse, segundo Buchmann, que a história teria o enfraquecido no governo.
Ainda não foi lançado nenhum nome para a substituição de Buchmann. O novo diretor deve ser escolhido e anunciado pela governadora. Buchmann é
funcionário da Secretaria da Fazenda para onde
deve retornar.
Entenda o caso
No dia 15 de julho, o filho do presidente do Detran, Fábio Buchmann, 26 anos, foi detido em casa, no bairro Cidade Baixa, na Capital, com 23 quilos de maconha e meio quilo de cocaína. Essa notícia, no entanto, não foi divulgada, como é de costume, pela Polícia Civil, mas o próprio Sérgio Buchmann ligou para Zero Hora informando o fato.
O presidente do Detran, ao telefone, revelou temer que o episódio pudesse ser usado politicamente, já que ele vem sofrendo fortes pressões para deixar a autarquia. Por isso, ele fez questão de se antecipar à divulgação do episódio.
O chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, Ricardo Lied, acompanhou os integrantes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), que realizaram a prisão de Fábio. Ele e os policiais foram até a casa de Buchmann para avisar que o filho dele seria
preso.
De acordo com o ex-presidente da autarquia, o motivo para
a sua saída do cargo seria a visita de Ricardo Lied, chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, à casa de Buchmann.
Buchmann desconfiou da visita. Desgastado no governo Yeda, temeu que se tratasse de uma cilada. Por isso, ele próprio decidiu expor o fato, apesar de envolver um drama familiar.
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