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Esportes  | 07/07/2009 05h25min

Geral e direção gremista enfrentam crise

Torcida reclama que a direção se sujeita às regras impostas pela Brigada

Leandro Behs

O sentimento de abandono motivou a Geral a protestar contra a direção, domingo, no Olímpico. Alguns líderes reclamam que a atual gestão retirou até o apoio institucional, permitindo que a Brigada Militar aplique sanções à torcida. Sem o auxílio financeiro nem ingressos de anos anteriores, a Geral busca novas fontes de recursos.

Contra o Atlético-PR, a BM impediu o acesso de faixas e bumbos pela torcida. Indignados, os integrantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Duda Kroeff. Antes de jogos na Capital, um representante de cada torcida deve entregar ao BOE lista com o material levado ao estádio. A Geral faltou à reunião no BOE, daí, a restrição.

– Não queremos tumultuar, mas, muitas vezes, não temos como conter um torcedor no meio de outros 6 mil – protesta o motoboy Cristiano Brum, o Zóio, 29 anos, um dos líderes da Geral.

Brum nega que a Geral exija dinheiro da direção. Também rechaça a expressão “torcedor profissional”, usada pelo diretor de futebol Luiz Meira. Segundo Brum, a torcida recebe do clube entre 15 e 30 ingressos no Olímpico. Todos destinados aos integrantes da banda. Para o jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, foram 400 entradas.

– Ganhamos os ingressos, mas bancamos as viagens. Investimos R$ 6 mil para ir a Minas, fruto da venda de mantas, camisetas e adesivos da Geral – conta.

Ontem, em reunião de Kroeff com os seis vice-presidentes, ficou definido que a relação com a Geral seguirá a mesma: 30 ingressos para jogos no Olímpico e 400 para grandes decisões fora de casa. A saleta no Olímpico seguirá apenas como depósito de seus materiais. Na gestão anterior, ela era maior e servia como escritório da torcida.

– O protesto da Geral foi legítimo, mas veio na contramão do nosso diálogo – avisou o vice-presidente do Grêmio Flávio Paiva.

Para o tenente-coronel Silanus Mello, comandante do BOE, não há excessos nas punições. Nos jogos, o comportamento dos torcedores é monitorado com binóculos e câmeras. A Velha Escola, dissidência da Geral, foi penalizada por receber a torcida do Cruzeiro a garrafadas. Ficará seis meses sem faixas no Olímpico.

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