Os jogos entre Estudiantes de La Plata e Nacional de Montevidéu, pela semifinal da Copa Libertadores, serão disputados sem torcida visitante porque as duas diretorias não chegaram a um acordo quanto à distribuição de ingressos.

Os argentinos afirmam que o Nacional ofereceu inicialmente oito mil ingressos para o jogo de volta da próxima quarta-feira, no estádio Centenário, mas que nesta terça-feira este número caiu para três mil.

O Estudiantes não aceitou e, como represália, decidiu que não haveria torcida uruguaia no confronto de ida, nesta quinta-feira, em La Plata. 

— Fizemos todos os esforços possíveis para que dessem pelo menos oito mil entradas ao Estudiantes, mas eles não cumpriram o que tinha sido acertado. Por isso, acho que não há como voltar atrás. De forma incrível, o Nacional decidiu mudar de ideia e ofereceu três mil ingressos. Isso é inaceitável para um clube como o Estudiantes, que tem dignidade para enfrentar a situação — assegurou o presidente do clube argentino, Rubén Filipas.

Segundo o gerente esportivo da equipe uruguaia, Daniel Enriquez, o Nacional tem como política dar prioridade aos seus torcedores, e por isso não repassou a carga original de ingressos. 

— Tínhamos um acordo para dar oito mil entradas ao Estudiantes entre os presidentes de ambos os clubes, mas a diretoria do Nacional não aprovou, assim como não o faria com qualquer outro adversário. Só poderíamos dar entre dois e três mil ingressos. Será uma atitude antipática com o Estudiantes neste caso e para qualquer outra equipe em circunstâncias diferentes, mas é favorável aos nossos torcedores, que lotarão o estádio — comentou o dirigente ao canal de televisão TyC Sports, de Buenos Aires.