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 | 03/04/2003 21h54min

Projeto da GM inclui nova fábrica de veículos para exportação

RS disputa com México e China a construção de carros desmontados

A implantação da segunda linha de montagem para o lançamento de um novo automóvel é o destaque do proposta anunciada nesta quinta, dia 3, pelo presidente da General Motors (GM), Walter Wieland, ao governador Germano Rigotto. O projeto da empresa inclui o aumento da produção do Celta, a adoção de um motor mais potente para o Chevrolet gaúcho destinado ao mercado externo e a possibilidade de construção de uma fábrica para veículos CKD (desmontados) para exportação.

Uma comissão formada por representantes da GM, do Executivo estadual e da Procuradoria do Estado vai avaliar, em 90 dias, as condições que o Rio Grande do Sul poderá oferecer para a ampliação do complexo. O primeiro encontro será dias 9 e 10 de abril. Pela disposição de Rigotto, esse prazo será antecipado para o acordo ser assinado em junho. Além do Rio Grande do Sul, México e China estão na disputa para montar o novo carro.

O novo veículo deverá ser colocado no mercado até julho de 2005. Wieland reiterou que o desejo da empresa é manter o investimento no Rio Grande do Sul.

– Todos os executivos da corporação vêm acompanhando de perto o sucesso da fábrica de Gravataí com o seu veículo e com o relacionamento que temos com os empregados, sistemistas, sociedade e governo. Pela posição estratégica desta área do Brasil, eu e toda a minha equipe temos muito interesse neste projeto porque há muita sinergia entre o modelo novo e o Celta – ponderou Wieland.

Ainda não está definido se o novo automóvel usará a plataforma do Celta. É provável, no entanto, que o novo carro use a maioria de componentes comuns, como a plataforma, conjunto motor, transmissão e parte da suspensão. Isso ocorre porque a preocupação da montadora é com o baixo custo. O novo carro da GM deverá ser um modelo popular, para países em desenvolvimento, e com alto volume de produção.

O novo carro será do tipo compacto, para cinco passageiros. É provável que seja do tipo sedã, o que facilitaria a substituição do atual Corsa Sedã  no mercado chinês. O modelo será destinado para exportação aos mercados da Ásia, México e América do Sul. A montadora prevê exportar entre 80 mil e cem mil unidades para a China.

Também estiveram presentes no encontro o diretor da fábrica de Gravataí, Roberto Tinoco, o vice, José Carlos Pinheiro Neto, e o diretor institucional Luis Moan.


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