| 07/06/2009 21h26min
A entrevista coletiva de Tite após o empate em 1 a 1 do Inter contra o Cruzeiro, no Mineirão, girou sempre em torno da primeira declaração do técnico aos jogadores, no vestiário. Os repórteres puderam ouvir Tite dizendo: "Tenho orgulho de vocês". Minutos depois, ele explicou que a satisfação se deve à intensidade das últimas partidas do time.
— Eu sou ex-atleta e sei o quanto é desgastante no aspecto físico e no aspecto emocional passar por decisões seguidas. Na Copa do Brasil, tu joga em 180 minutos a vida ou a morte, e com toda a importância que isso tem para os nosso objetivos. Aí tu sai deste jogo de 180 minutos, classifica e vem pegar um Cruzeiro que seguramente está entre as cinco melhores equipes do Brasil. Tem que mobilizar de novo e de novo ir para uma decisão. (...) Pelo acúmulo de jogos e pelo número de decisões, eu tenho sim, e quero passar isso para o torcedor, orgulho da mobilização dos atletas.
Tite resumiu a partida deste domingo da seguinte forma:
— Com o desempenho
dos primeiros 30 minutos, o time era merecedor do segundo gol. A expulsão nos deu uma dificuldade por não ter o pivô e optar pela velocidade (Tite tirou o centroavante Alecsandro para colocar Michel Alves no lugar de Lauro, expulso). Perdemos no final do primeiro tempo uma condição melhor. No segundo, tomamos um gol logo no início, reequilibramos depois dos 15 minutos, mas não ajustamos um contra-ataque para chegar a uma situação melhor na partida.
O técnico viu evolução do time em relação à derrota para o Coritiba no meio da semana:
— A equipe já jogou mais, já ocupou mais o campo do adversário. O Magrão já apareceu mais, saindo pela direita. Quando ele não saía, conseguimos fazer com que o Sandro saísse e apareça mais na frente. São mecanismos que desenvolvemos para jogar no campo do adversário.
Questionado sobre a atuação do árbitro, Tite fez uma longa pausa, baixou a cabeça e declarou:
— Não quero falar de arbitragem. Tem as
imagens aí, cada um faça sua própria
interpretação.
Tite não adiantou se vai usar time misto no próximo domingo, contra o Vitória, pensando na primeira partida da final da Copa do Brasil, na outra semana.
— Não vou pensar nisso agora, vou pensar em recuperar o grupo da intensidade dos trabalhos que fez, esses dois caminhões de pedra que descarregou nesses dois clássicos. O Cruzeiro tem uma base de time há três anos, já tem toda uma sincronia nos movimentos. O Coritiba fez uma mobilização tão grande que não consegui dormir lá, porque teve seis foguetórios na madrugada. Toda hora eu acordava e pensava: "De novo?" Então não pensamos em Copa do Brasil ainda, pensamos em recuperar e treinar.
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