| 03/06/2009 23h56min
Foi duro, o Inter levou muita pressão na noite dessa quarta no Estádio Couto Pereira e perdeu de 1 a 0 para o Coritiba. Mas a vaga na final da Copa do Brasil é Colorada. O time do técnico Tite fará a decisão da competição com o Corinthians, que também passou pelo Vasco esta noite. O sorteio dos mandos de campo será definido na quinta-feira na sede da CBF. O gol do Coxa saiu no segundo tempo, marcado por Ariel. O Inter volta a uma decisão da Copa do Brasil 17 anos depois do título de 1992, quando venceu o Fluminense na ocasião.
Ninguém disse que ia ser fácil. E não foi. Talvez essa partida tenha sido a mais difícil para o Inter na Copa do Brasil. O Coritiba fez sim valer o fator local e pressionou muito desde o início. Logo no primeiro minuto, uma bola venenosa. Marcelinho Paraíba, desfalque do Coxa na partida no Beira-Rio, dominou pela direita e arriscou um chute forte próximo à área. O goleiro Lauro até tentou encaixar a bola entre os braços, mas acabou a deixando sair pela linha de fundo.
Desfalcado de Nilmar e Kleber, a serviço da Seleção Brasileira, Alecsandro tentou combinar jogadas com Taison. Mas na maioria das vezes sem sucesso. Aliás, poucas vezes, pois foi complicado de a bola chegar até eles na etapa inicial. Já o time de René Simões encontrou uma "avenida" para subir ao ataque. O lateral Márcio Gabriel chegava com facilidade ao ataque para cruzar na área, justamente no setor do substituto Marcelo Cordeiro.
Além da pressão, a tensão. A cada falta mais forte, a cada cartão aplicado pelo árbitro Ricardo Marques Pereira, os jogadores batiam boca em campo. Entre os mais exaltados, mais uma vez D'Alessandro. O argentino apareceu mais discutindo com os adversários do que criando jogadas no primeiro tempo. A criação do Inter foi bem anulada nos 45 minutos iniciais. Em contrapartida, nomes como Carlinhos Paraíba, Pedro Ken e Ariel incomodaram muito o setor defensivo colorado.
Aos 16 minutos, a bola mais perigosa do Coritiba surgiu de uma tabela entre os "Paraíbas". Marcelinho ajeitou para Carlinhos bater rasteiro. Lauro se esticou no gramado para mandar para escanteio. Já o Inter teve um chute de Taison, de fora da área, em jogada individual, defendido tranquilamente por Vanderlei. Na saída de campo para o intervalo, o centroavante Alecsandro resumiu a pressão sofrida no Couto Pereira:
– Estamos jogando pelo regulamento.
Já Taison deu a dica para a etapa complementar:
– Temos que voltar para o segundo tempo mais atentos.
Só que a história se repetiu. A mesma pressão imposta pelo Coxa prosseguiu. Em uma das poucas vezes que o Inter conseguiu se soltar do campo de defesa, teve uma excelente oportunidade com Alecsandro. Guiñazu se desprendeu da marcação e apareceu na direita. No cruzamento, o centroavante mandou de voleio. A bola passou lambendo o poste de Vanderlei.
Para tentar reforçar a articulação e tentar manter o time com mais posse de bola, Tite abriu mão de Taison para o ingresso do meia Giuliano no time. E quando o Colorado conseguiu dar uma respirada na pressão, trocou passes com autoridade, chegou novamente na cara do gol. Alecsandro rolou para Giuliano, que bateu na saída do goleiro. Mas caprichosa, a bola saiu pela linha de fundo novamente. Foram poucos minutos de autoridade colorada. Em seguida, Marcelinho Paraíba encontrou Ariel na área do Inter. O centrovante do time paranaense girou sobre Índio e bateu no canto de Lauro aos 29 do segundo tempo.
Daí o Couto Pereira virou um caldeirão, pressão total. Para completar, Bolívar fez uma falta dura no autor do gol nos minutos finais e recebeu o segundo amarelo, o que lhe rendeu a expulsão, deixando o time com 10 homens. Tite tratou logo de recompor a defesa. Sacou Alecsandro e colocou Danilo Silva, abdicando totalmente do ataque e transformando a equipe num ferrolho para garantir a vaga. Deu certo. Os minutos correram no relógio do árbitro Ricardo Marques Pereira, que apitou o fim de jogo aos 48 do segundo tempo.
CLICESPORTES
Inter de Guiñazu foi pressionado o tempo todo pelo Coritiba, de Marcelinho Paraíba
Foto:
Orlando Kissner, VipComm
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