As 21 prefeituras da região celeiro do Rio Grande do Sul estimam economizar até o fim do dia R$ 800 mil com a paralisação de parte das atividades. Desde segunda-feira só funcionam serviços de saúde e coleta de lixo nos órgãos públicos. Segundo a Associação dos Municípios da Região Celeiro, o dinheiro será suficiente para abastecer durante 10 dias as comunidades mais afetadas pela seca.

O presidente da entidade, Claudemir Locattelli, conta que será reforçado o transporte de água para a área rural. Ele comemora o resultado da mobilização e também a chuva desta semana, e acrescenta que o dinheiro economizado também será importante para ajudar os agricultores no plantio das culturas de inverno:

— Para que possa proporcionar aos produtores rurais o plantio das forrageiras de inverno, já que as condições climáticas estão favoráveis a semeadura, e que possamos, em um espaço de tempo bastante curto, fornecer pastagens aos animais.

Prefeitos da zona da produção se reuniram nesta sexta-feira para fazer um levantamento dos prejuízos causados pela estiagem. Parte das prefeituras da região paralisou as atividades nesta sexta-feira. Duzentos e 38 municípios gaúchos estão em situação de emergência por causa da seca.

Estiagem impacta transporte de cargas

A quebra na safra devido a estiagem teve impacto pequeno no setor de cargas. A maior parte dos grãos é transportada por rodovias. Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Rio Grande do Sul, a redução na demanda foi de 5%, em comparação com abril e maio do ano passado. O presidente do Setcergs, José Carlos Silvano, afirma que o resultado traz alívio para o setor, que sofre redução de encomendas como reflexo da crise econômica:

— Nós notamos que, com relação, por exemplo, ao transporte de safra, tivemos uma pequena queda por causa de condições climáticas, que provocou uma pequena diminuição da produção.