Não é apenas um jogo para o torcedor do Avaí — é um duelo com o Flamengo, em um dos estádios mais importantes do mundo, o Maracanã. E como a última vez que o time azurra jogou lá foi em 1974, os avaianos estão mobilizados.

— É a primeira vez que posso ver o meu time jogando no Maracanã — disse Anderson Silveira, de 31 anos.

Anderson e Carlos Eduardo Pereira Bonatelli, de 25 anos, o Bona, são autônomos. Eles trabalham com eventos e estão organizando excursões para a partida de sábado. Cada um lotou um ônibus e ainda contam com mais de 30 pessoas em uma fila de espera.

— Tive a ideia de organizar uma excursão ainda no primeiro turno do Catarinense e já reservei um ônibus. A intenção era ir ver o jogo do Avaí e não pagar nada com isso — contou Bona.

Na segunda-feira, os 600 ingressos que foram enviados ao Estádio da Ressacada foram comprados pelos torcedores. Agora, os avaianos só podem comprar os bilhetes no Rio de Janeiro. E além de excursões, muitos vão de avião, como o advogado Fernando Barbosa, de 28 anos.

— Vamos eu e mais oito amigos. Vou gastar R$ 570 com passagens e ingressos. Mas tem mais gente que vai para lá.

O que vale é a festa no Rio

O resultado da partida quase não importa para os torcedores.

— É um jogo complicado, mas o Avaí não tem nada a perder. O negócio é fazer festa e bagunça — disse Bona.

Organizando a excursão, ele ouviu histórias que mostram a vontade do torcedor em ver a partida.

— Um senhor, com mais de 60 anos, me ligou. Não tinha mais vaga, mas ele implorava para conseguir um lugar para ele e para a mulher. Disse que era o sonho dele e tinha medo de não poder ver novamente.