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 | 12/05/2009 17h05min

OIT diz que pessoas em regimes de escravidão deixam de receber US$ 21 bilhões por ano no mundo

No Brasil, maioria dos entrevistados começou a trabalhar para ajudar os pais em atividades agrícolas

Atualizada às 20h06min Luciane Kohlmann | Brasília (DF)

O estudo da OIT entrevistou 121 vítimas de trabalho escravo no Brasil. Apenas um quarto delas ainda vivia no Estado de origem. Quase todas começaram a trabalhar antes dos 16 anos, e um terço antes dos 11 anos, a maioria para ajudar os pais em atividades agrícolas.

O relatório chamado O Custo da Coerção mostra também que, em todo o mundo, as vítimas de trabalho forçado deixam de receber uma renda de US$21 bilhões por ano, e o valor não inclui a exploração sexual.

— O relatório de 2005 fazia uma estimativa de qual era o lucro que os empregados inescrupulosos e agentes empregadores tinham, e chegava à cifra de US$ 32 bilhões ao ano. Neste relatório de 2009, se faz um cálculo de que os trabalhadores e trabalhadoras submetidos ao trabalho forçado deixam de receber no conjunto US$ 21 bilhões ao ano — afirmou a diretora do escritório da OIT no país, Laís Abramo.

O documento aponta o Brasil como uma das experiências mais avançadas no combate ao problema. A nação possui um grupo móvel de fiscalização, um plano nacional de erradicação de trabalho escravo e um envolvimento do setor privado com o tema. Porém, um dos obstáculos que pode comprometer mais avanços nesta área, tanto no Brasil como no mundo, é a crise econômica.

— A OIT chama a atenção desde o começo da crise econômica justamente para a possibilidade de um aumento do desrespeito aos direitos trabalhistas com um possível retrocesso das situações de trabalho infantil, trabalho forçado, exploração, justamente porque a crise afeta de maneira mais forte as pessoas em situação de vulnerabilidade — completa Laís.

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