| 06/05/2009 19h06min
Tropas do exército usaram barcos, caminhões e helicópteros nesta quarta para levar alimentos e água a povoados isolados pelas inundações que causaram ao menos 30 mortes e deixaram cerca de 200 mil desabrigados no Norte do país. A previsão é de que a chuva continue por semanas.
Segundo Sebastião Haji Manchineri, secretário executivo da Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, 3 mil indígenas que vivem nas margens dos rios que transbordaram subiram para terrenos mais altos após ver destruídas suas lavouras. No Maranhão, estado mais afetado, o nível dos rios chegou a subir 30 centimetros por dia, destruindo pontes e dificultando o trabalho dos socorristas.
— Há locais em que a água subiu tanto, que nem de barco se consegue chegar às pessoas — afirmou o tenente do exército Ivar Araujo, que dirige uma equipe com 200 soldados que ajudam os desabrigados da chuva.
A intensa chuva que castigou a região durante dois meses afetaram dez
dos 26 estados brasileiros. Em
Altamira, no Pará, choveu mais em três horas do que é normalmente registrado em dois meses. quase um terço da população deixou suas casas. Vítimas afirmaram que as águas do Río Xingú subiram tão rapidamente que restou apenas fugir da destruição.
— Não tive tempo de tirar minhas coisas de casa, perdi tudo - lamentou Francisca Antonia Gomes, do Piauí.
As inundações provocaram uma cratera e um lago em uma ferrovia utilizada para o transporte de ferro. A Companhia Vale do Rio Doce, proprietária da ferrovia, afirmou em um comunicado que trabalha para a liberação da ferrovia o quanto antes.
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