Santa Catarina tem 83 dos seus 293 municípios em situação de emergência por causa da estiagem. O número foi divulgado na tarde desta quinta-feira pela Defesa Civil do Estado. Na última soma, eram 66.

Com o problema se agravando, foi criado um grupo de trabalho permanente para acompanhamento da seca, que castiga as regiões Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense.

As últimas 17 prefeituras que entraram com o decreto foram: Princesa, São José do Cedro, Iporã do Oeste, Itapiranga, Santa Helena, São João do Oeste, Tunápolis, Jardinópolis, União do Oeste, Arabutã, Arvoredo, Ipumirim, Lindoia do Sul, Seara, Xavantina, Itá e Paial.

A falta de chuva se arrasta desde o começo do ano. Além dos prejuízos aos moradores, a agricultura e a pecuária estão sacrificadas. Na área rural, especialmente, falta água e pasto para os animais. O rebanho perde peso, e o abastecimento de leite fica comprometido.

Grupo irá apresentar ações ao governador

O grupo formado nesta quinta-feira pelo governo do Estado inclui as secretarias de Coordenação e Articulação, Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Articulação Nacional, Agricultura, Justiça e Cidadania, Fazenda, e mais Casan, Epagri, Cidasc, Defesa Civil, Fatma e Celesc.

De acordo com o secretário de Coordenação e Articulação. Valdir Cobalchini, esse grupo tem até segunda-feira para apresentar ao governador Luiz Henrique da Silveira as ações que estão sendo feitas, isoladamente, no combate às consequências da estiagem.

Na próxima quarta-feira caberá ao governador apresentar um conjunto de medidas para socorrer as famílias atingidas. As ações serão de curto, médio e longo prazo.

— É preciso, de imediato, levar água às comunidades atingidas.

A sugestão é de perfuração de mais poços artesianos e maior divulgação ao programa Revitalizar, que financia a construção de cisternas nas propriedades rurais.

O mesmo grupo vai sugerir ao governador ações preventivas com relação à estiagem:

— Nos últimos 10 anos, tivemos sete estiagens. O governo toma medidas durante a estiagem, mas acaba esquecendo o problema assim que chove. Agora, vamos estudar medidas que serão tomadas em longo prazo, para que possamos prevenir essas consequências — destacou.