| 25/04/2009 18h58min
Em apenas cinco anos como treinador, o técnico Mauro Grasel, que ficou conhecido como Mauro Ovelha quando era jogador, chega em sua terceira final em Campeonato Catarinense. Em 2004 e 2005, foi vice-campeão pelo Atlético Hermann Aichinger. Foi campeão da Copa Santa Catarina e da Recopa, em 2007, pelo Marcílio Dias. Já obteve vaga na Série D e Copa do Brasil 2010 pela Chapecoense. Agora, quer conquistar um título catarinense, o que já conseguiu como jogador, em 1986, pelo Criciúma.
Natural de Santo Ângelo-RS, Ovelha começou nas categorias de base do Inter-RS, passou pelo Ypiranga-RS, Brasil, de Farroupilha, Criciúma e outros times catarinenses como Blumenau, Concórdia, Araranguá e Jaraguá do Sul. Em 2003, encerrou a carreira onde marcou 90 gols pelo Atlético Hermann Aichinger e virou diretor de futebol. Em 2004, assumiu interinamente o time como treinador e chegou na final. Voltou a ser diretor e, no ano seguinte, voltou a treinar o time. Decidiu então seguir a carreira de técnico.
No final do ano passado, deixou o Santa Cruz-RS para comandar a Chapecoense no Estadual. E levou o time do Oeste a mais uma final, onde briga pelo tetracampeonato. Confira a seguir a entrevista que Ovelha concedeu ao Diário Catarinense.
Diário Catarinense — Quais os fatores que levaram a Chapecoense a chegar na final?
Mauro Ovelha — O grupo não se entregou nunca na competição. Tínhamos um planejamento e não mudamos nem nos momentos de dificuldade. Acreditamos no trabalho e na capacidade do grupo. No início, o time não vencia fora, mas vinha jogando bem. Até que achamos a maneira correta de jogar. Passamos a jogar com mais inteligência.
DC — Chegou a hora de ser campeão estadual como treinador?
Ovelha — Não estou pensando nisso como questão pessoal. Isso fica para segundo plano. O importante é a Chapecoense conquistar o título. Estamos trabalhando para que isso ocorra. Claro, que, com isso, também atingiria uma conquista pessoal.
DC — Oito jogadores que estão na final disputaram a Copa SC pela Chapecoense e não classificaram a equipe. O que você fez para eles melhorassem o rendimento?
Ovelha — O planejamento é importante, mas também é importante que as coisas se encaixem dentro de campo. Cada um deles deu sua melhor parte e o grupo cresceu junto.
DC — Como está preparando o time para a decisão contra o Avaí?
Ovelha — Depois de tantos confrontos, todo mundo se conhece. Mas sempre há o que melhorar. Principalmente no posicionamento tático. Vamos trabalhar em cima das jogadas deles. Sempre com respeito, pois sabemos da qualidade deles, que é um time de Série A do Campeonato Brasileiro. A vitória numa decisão tem muito a ver com os detalhes. Mas, numa final coração e alma conta muito mais do que qualquer coisa. E isso o nosso grupo tem e por isso vem fazendo o que fez.
DC — Qual a influência da torcida na decisão?
Ovelha — Ela é determinante. Ela nos passa força e energia. A torcida tem sido determinante nos jogos em casa e novamente será decisiva na final.
DC — Alguma marcação especial em cima do Marquinhos?
Ovelha — Teremos que ter um cuidado maior com ele, mas todo o time do Avaí é perigoso.
DC — E esse confronto particular com o Silas?
Ovelha — Não é o Silas contra o Mauro Ovelha, é a Chapecoense contra o Avaí. Quem decide são os jogadores.
DC — Mas vocês são os estrategistas.
Ovelha — Tenho um carinho especial pelo Silas. Acho que ele é merecedor do que tem conquistado como treinador. Fico feliz pelo bom trabalho que ele vem fazendo. E eu vou procurar fazer a minha parte também.
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