| 25/04/2009 14h10min
A gestão ambiental dos cerca de 8,2 mil assentamentos brasileiros e o controle do cumprimento da função social dos imóveis rurais no país vão entrar em nova etapa. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão delineando uma parceria que permitirá o aperfeiçoamento dessas ações, a partir da análise e tratamento de dados obtidos via satélite. As tecnologias desenvolvidas pelo Inpe poderão ser utilizadas por técnicos do Incra para acompanhar a ocupação e o uso do solo.
O primeiro encontro para discutir a nova estratégia de trabalho foi realizado nessa quarta, dia 22, na sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). A reunião contou com a presença do presidente do Incra, Rolf Hackbart, e do diretor-geral do Inpe, Gilberto Câmara, além de gestores e técnicos dos dois institutos.
O monitoramento ambiental por satélites do Inpe é reconhecido internacionalmente pela excelência e pioneirismo. Na Amazônia Legal, o Inpe verifica a taxa de desmatamento há 20 anos, por meio do sistema Prodes, com cobertura de mais de quatro milhões de quilômetros quadrados, todos os anos. O sistema é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo e está em constante aperfeiçoamento.
Técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento similares às utilizadas pelo INPE, desde 2003, para mapear a área cultivada com cana de açúcar, também serão empregadas para gerenciar os assentamentos.
O primeiro passo da parceria definido durante a reunião de quarta-feira prevê a capacitação de servidores do Incra para utilização das ferramentas disponibilizadas pelo Inpe. Inicialmente, o treinamento será oferecido a cinco turmas, com 12 integrantes cada.
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