| 17/04/2009 14h59min
Bicampeão mundial, Fernando Alonso voltou a criticar a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Depois de ser contra a mudança nos critérios de classificação, o espanhol falou, em entrevista, sobre a interferência da entidade na competição e sobre a aprovação dos polêmicos difusores da Brawn GP, da Toyota e da Williams. Segundo o piloto da Renault, as peças, instaladas na traseira dos carros, tornarão as ultrapassagem impossíveis. As informações são do site Globoesporte.com.
— Não sou técnico, não conheço o regulamento nesse nível, mas sei que faz 15 anos que não é permitido a introdução de orifícios no assoalho. Agora, não sei por que, a coisa mudou. As novas regras foram concebidas para facilitar as ultrapassagens e o que já dá para dizer é que a turbulência criada por esses carros, e logo todos irão fazer algo semelhante, tornarão essas manobras impossíveis — disse.
O espanhol disse que as equipes é que devem apontar os próximos caminhos da Fórmula-1. A FIA,
segundo ele, deveria
apenas garantir a segurança dos circuitos e inspecionar os carros.
— Isso, sim, é função de uma federação. Não pode estabelecer para as equipes quanto devem gastar em 2010, não acontece em nenhum outro esporte. Seria como se impusessem ao Milan que ano que vem tem direito a contratar apenas um jogador. Não existe.
Alonso criticou ainda as mudanças exigidas pela FIA nos últimos anos. Entre elas, a do motor V-10 para o V-8.
— Depois limitaram os giros em 19 mil rpm, este ano 18 mil, menos pressão aerodinâmica, perdemos o controle de tração, não quero pensar no que está por vir. Eu disse logo depois de chegar aqui, muito jovem, que a Fórmula-1 não é só esporte, é um negócio, um show, o que a torna um pouco estranha para o piloto. Disseram que eu era louco, afirmava coisas estranhas, e com o tempo essas pessoas estão compreendendo que não é mesmo só um esporte. Há categorias muito mais divertidas para os pilotos.
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