A duas semanas da visita da Comissão de Avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio de Janeiro, de 27 de abril a 3 maio, o Comitê de Candidatura Rio 2016 tem uma certeza: poderá garantir aos inspetores da entidade que, para a Olimpíada, ao contrário do que aconteceu no Pan Rio 2007, não haverá problemas com embargos de obras. Pelo menos não no que diz respeito ao Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, sede do remo e da canoagem de velocidade, e à Marina da Glória, sede da competição de vela.

Dessa vez, o Comitê de Candidatura procurou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) antes de elaborar os projetos das duas instalações e incluí-los no dossiê de candidatura, entregue ao COI no dia 11 de fevereiro.

As reuniões com o Iphan começaram em outubro de 2007, quando foi instaurado o Comitê de Instalações Rio 2016, composto por representantes dos três níveis de governo e do próprio Comitê de Candidatura. Para facilitar a análise dos projetos, o conselho do Iphan instituiu uma Câmara Setorial de especialistas em Cidades, Arquitetura e Urbanismo. De acordo com o Comitê Rio 2016, tudo o que foi previsto para as duas instalações respeitou todas as cotas pré-estabelecidas.

– O Iphan atendeu prontamente a solicitação e auxiliou na elaboração de um projeto que fosse adequado ao meio ambiente, ao patrimônio e à paisagem do Rio de Janeiro – explicou o Comitê Rio 2016, por e-mail.

Superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade ficou satisfeito com a mudança de comportamento dos dirigentes esportivos brasileiros. Tudo para evitar os erros cometidos para o Pan do Rio.

– Dessa vez os organizadores entenderam que tinham de passar pelo Iphan e discutir o assunto com a gente antes de tentar fazer qualquer obra. Para a Olimpíada, não teremos problemas – disse Carlos Fernando.