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 | 07/04/2009 18h15min

Autor do primeiro gol do Beira-Rio elogia Índio

Claudiomiro diz que o zagueiro atuou como um centroavante matador na frente do goleiro

Amauri Knevitz Jr.  |  amauri.knevitz@zerohora.com.br

Claudiomiro Estrais Ferreira circula com naturalidade pelo pátio do Beira-Rio. Aos 59 anos, enquanto caminha até o vestiário profissional para encontrar Índio, é saudado por torcedores, incluindo muitos jovens que certamente não o viram jogar. Entre um cumprimento e outro, o funcionário do setor de Comunicação Social conta histórias das viagens que faz pelo Interior como representante do Inter e elogia a modernização das dependências do clube. Poucos conhecem melhor o local que ele, o centroavante que marcou o primeiro gol da história do estádio.

Há quatro anos no Inter, Marcos Antônio de Lima também se sente em casa no Beira-Rio. Nesta semana em especial, Índio recebe muitos elogios de funcionários, colegas e torcedores. Quando sai do vestiário e avista o velho goleador, sorri e o abraça com carinho. Quis o destino que, um dia após o centenário, um zagueiro fizesse o último gol antes do aniversário de 40 anos do estádio. Foi também o centésimo gol do Inter em Gre-Nais no Beira-Rio, e valeu a vitória do time no centésimo Gre-Nal disputado ali desde a inauguração, em 6 de abril de 1969. Na ocasião, Claudiomiro abriu o placar da vitória por 2 a 1 sobre o Benfica, de Portugal.

Assista ao vídeo:



Quando os dois se encontraram a convite de Zero Hora, na tarde desta terça, sobraram elogios mútuos. Com a autoridade de quem sabia como proceder na pequena área, Claudiomiro comentou a frieza do camisa 3 ao vencer o goleiro Victor, do Grêmio. E com o conhecimento de causa de alguém que jogou ao lado do zagueiro mais importante da história do clube, comparou Índio a Figueroa:

— O gol que ele fez no Gre-Nal foi um gol de matador, de centroavante. Soube esperar até o goleiro pular para dar aquele toque. Não sou mais jogador, mas venho de uma família colorada e sou torcedor desde que nasci, por isso fico muito feliz. Eu, que tive o prazer de jogar com o Figueroa, agora vejo o Índio nessa fase...

O defensor sorri, nega o rótulo de artilheiro e devolve:

— Tem que se espelhar na fera. É por causa de pessoas como ele que o Inter é grande. Se, para ele, já devia ser uma felicidade enorme fazer gols, imagina para mim, que sou zagueiro. É uma marca que vai ficar para a história. Assim como o Claudiomiro está na história há muito tempo pelos seus gols, a gente também batalha para ficar lembrado na memória de todos os colorados.

Na conversa, Claudiomiro se emociona ao lembrar do lance que o eternizou, 40 anos atrás:

— Aquele gol me levou à Seleção Brasileira. Guardo até hoje a emoção do estádio lotado, 100 mil pessoas... Quando participo de eventos em que passam a narração do gol, sinto a mesmo emoção.

Confira o vídeo exclusivo com o encontro dos dois goleadores:

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