| 05/04/2009 07h59min
Apesar do atraso de duas horas e da forte chuva ter causado um engarrafamento nos arredores do Beira-Rio, a festa do Centenário do Internacional foi um show de sons e luzes. A fachada do estádio colorado recepcionou os mais de três mil convidados com fotos históricas do time. A entrada principal foi o vestiário profissional. Quem passou por ali, aproveitou para tirar fotos do local restrito aos jogadores. Dali, torcedores, jogadores atuais e antigos, dirigentes e personalidades foram conduzidos para o centro do campo, onde mais um espetáculo, ao som do grito da torcida, foi apresentado com um globo de cores vermelho e branco.
No Gigantinho, uma linha do tempo com as capas de Zero Hora mostrava as principais conquistas do grupo, como a Copa do Brasil de 1992, a Libertadores e o Mundial. Ídolos colorados se misturaram aos torcedores nas mesas distribuídas em três níveis. Entre eles, Figueroa, Falcão e Clemer. A chegada de Adriano Gabiru, autor do gol que deu a conquista do Mundial ao
Inter, foi
bastante festejada.
No início da cerimônia, um parabéns instrumental se misturou com os principais hinos da torcida, emendando com o canto do capitão Fernandão na chegada da equipe a Porto Alegre, após a conquista do título de campeão do mundo.
Os apresentadores do evento, Rogério Amaral e Renata Fan, conduziram o cerimonial. Uma réplica da taça do Mundial enfeitava o palco. Ao fundo, a frase "Campeão de Tudo" e os símbolos do Inter em 1909 e 2009. Toshiro, o japonesinho que ficou famoso na época da disputa do Mundial, subiu ao palco com os irmãos para apresentar os hinos cantados pela torcida colorada ao longo dos tempos. Em seguida, houve a apresentação do hino colorado, criado por Nelson Silva, em 1957.
Os representantes do Nacional, de Montevidéu, e do Boca Juniors foram chamados pelo vice-presidente de Marketing, Jorge Avancini, para receberem homenagens do Inter e saudarem o Centenário.
O prefeito de Porto Alegre, José
Fogaça, discursou também e festejou o aniversário:
— Não haverá nenhum outro dia como esse. Este talvez seja o único dia do século inteiro em que os torcedores colorados não tenham o privilégio de festejarem. Este sentimento de orgulho pertence a todos os gaúchos hoje. Não bastasse o Internacional ter levado o nome da cidade de Porto Alegre a todos os lugares, ainda há um outro motivo para celebrar: são as centenas de crianças em vulnerabilidade social que são atendidas pelos projetos sociais do Inter. Viva o Internacional. E apoiamos o Gigante Para Sempre, que será a sede da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre.
O presidente Vitorio Piffero recebeu, em seguida, uma homenagem da Confederação Sul-Americana de Futebol em uma placa assinada pelo presidente da CSF, Nicolas Leoz. Na sequência, o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi quem falou aos convidados:
— Quero cumprimentar a nação colorada pela festa de hoje. Quero registrar também a competência dessa direção do Internacional. Toda vez
que falo com um dirigente de clube
digo: vá a Porto Alegre e conheça a experiência de gestão do Internacional.
O presidente do Grêmio, Duda Kroeff, não compareceu ao evento, pois quando estava se dirigindo ao local, sua esposa, Luciana, teve um mal-estar, após ficarem uma hora presos no congestionamento.
Também houve uma homenagem ao ex-presidente Arthur Dallegrave, que foi o primeiro presidente da Comissão do Centenário, mas que, infelizmente, faleceu no ano passado. Imagens de Dallegrave foram veiculadas pelos telões ao som da música My Way, interpretada por Frank Sinatra.
Gabiru foi chamado ao palco e recebeu de Avancini a camisa dourada comemorativa ao Centenário do Inter com seu nome.
Os organizadores convocaram, em um dos momentos mais emocionantes, todos os ex-atletas presentes. Entre eles estavam Dunga, Figueroa, Falcão, Valdomiro, Milton Vergara, Zangão, Larry, Sangaletti, Batista, Nilson, Maurício, Taffarel, Vacaria, Casemiro,
André, Benitez, Claudiomiro, Fabiano, Jair e Nena. Cerca de
50 ex-atletas foram ao palco. E representando o grupo de hoje foi chamado Clemer, o mais vitorioso goleiro da história colorada. Os técnicos Dino Sani e Rubens Minelli, que tiveram grande participação nos anos 70, também foram homenageados.
O presidente Vitorio Piffero subiu em um círculo colocado no meio do Gigantinho, onde havia uma bola e um gramado. Piffero chutou a bola e surgiu um grande símbolo do Inter, sob efeito pirotécnico, no fundo do ginásio ao mesmo tempo que uma bandeira vermelha e branca descia enquanto todos cantaram o Parabéns a Você, encerrando o cerimonial. Sob o som de We are the champions, do Queen, o jantar começou a ser servido.
Após o jantar, um grande baile encerrou a festa.
GRÁFICO: os cem anos do Inter em cem histórias de amor
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