O grande número de capôs se soltando dos carros na primeira etapa da temporada 2009 da Stock Car, realizada no último domingo, em Interlagos, gerou protestos entre pilotos e equipes. O principal a reclamar foi Ricardo Zonta, que cruzou a linha de chegada em primeiro, mas foi desclassificado pela organização da prova.

– Como esta foi a primeira corrida e o carro é novo, não sabíamos como ele se comportaria durante a turbulência causada pela grande proximidade a outro carro. Além disso, todos os outros pilotos que tiveram este problema ganharam três voltas para retornar aos boxes. Eu não. Por isso a punição foi injusta – reclamou Zonta.

A equipe do piloto, a Panasonic Racing, contestou oficialmente o resultado junto à organização da categoria, mas o recurso foi rejeitado e a vitória de Paulo Salustiano, que foi ultrapassado por Zonta na pista, confirmada.

Outras equipes também tiveram o mesmo problema durante a prova em Interlagos. William Starostik, da Medley, também permaneceu na pista sem o capô e foi desclassificado. Medida que não agradou ao diretor técnico da equipe, Andreas Mattheis.

– Não podemos pagar por um erro de construção do carro. Não é preciso nem bater para o capô sair voando. Basta se aproximar do carro que vai à frente. Uma coisa é uma peça ameaçando se soltar e colocando os demais em perigo. Um carro sem capô não oferece risco a ninguém. É o preço que estamos pagando pela falta de testes – afirmou o dirigente.

Os dois pilotos da equipe Full Time também foram afetados pelo problema. Allam Khodair perdeu o capô logo na primeira volta, após um toque na largada. Daniel Landi também perdeu o capô após uma disputa por posição com Starostik, não recolocou um novo e também foi eliminado da prova.