| 25/03/2009 11h02min
O nome de Fernandão ficou gravado na história do Inter. Logo na estreia com a camisa colorada, em junho 2004, fez o gol 1000 do clássico Gre-Nal. Em 2006, foi ele quem ergueu as taças da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Foram quatro anos de Beira-Rio, até a despedida, no dia 14 de junho de 2008. Hoje, mesmo jogando no Al-Gharafa, do Catar, ainda mantém um forte vínculo com o clube gaúcho, como deixou claro em entrevista ao clicEsportes.
Fernandão fez questão de dividir com os companheiros os méritos por tudo que conquistou no Inter. Direto do Oriente Médio, o ex-capitão colorado conta um episódio pitoresco ocorrido no vestiário do novo clube.
Confira a íntegra da entrevista:
clicEsportes – Em uma enquete da Rádio Gaúcha, que busca apontar o maior jogador da história do clube, apenas tu e Figueroa não foram criados nas categorias de base do Inter. Todos os outros candidatos (Falcão, Carpegiani, Larry) desde cedo
eram "colorados", além de jogadores. Isso em
um tempo no qual havia muito mais apego à camiseta. Como tu explicas esta identificação tão grande do Inter e dos colorados contigo (a ponto de te listar entre os maiores jogadores de 100 anos de história) em uma época em que a grande maioria dos jogadores vai e vem dos clubes sem deixar saudades?
Fernandão – Difícil comentar algo sobre isso. Eu só tenho que agradecer a Deus primeiramente, ao Fernando Carvalho "eterno presidente", e à torcida do Inter por tudo que eu vivi nestes quatro anos. Entre ser ou não o maior, só de estar entre estes grandes nomes que vestiram a camisa do Colorado, para mim, é um privilégio. E para deixar bem claro, não conquistei nada sozinho. Marquei meu nome, pois tive grandes companheiros ao meu lado nestes quatro anos, como Clemer, Índio, Edinho, Alex, Tinga, Rafael Sobis e outros, que para mim marcaram também o nome deles com as conquistas que tivemos.
clicEsportes – Qual jogador
do Inter atual você destaca?
Fernandão – Nilmar, Taison, D'Alessandro, Índio... Para mim todos são bons, o Inter tem um grande elenco.
clicEsportes – Qual foi a situação mais engraçada e também constrangedora que aconteceu contigo no Catar e que tu possa contar?
Fernandão – Aqui não se pode ficar nu perto dos outros jogadores, dentro do vestiário. Você tem que tomar banho de sunga, trocar de roupa colocando uma toalha para esconder as partes íntimas. Eu sabia disso tudo, mas um dia depois de um jogo que tínhamos perdido eu estava chateado e fui ao chuveiro e tirei a sunga. Não me lembrei, pois estava realmente chateado. O massagista do time (Hamilton, que é brasileiro) veio correndo e me falou que os jogadores estavam pedindo para eu me vestir. Pedi desculpas, disse que tinha esquecido e coloquei a sunga para terminar meu banho.
clicEsportes – Acompanha os jogos do Inter? Como
você faz para assistir?
Fernandão – Assisto
a alguns jogos pela internet, principalmente no fim de semana. No meio da semana os jogos são muito tarde aqui no Catar. Ano passado assisti a muitos jogos da campanha vencedora da Sul-Americana.
clicEsportes – Mantém contato com os jogadores do Inter que ainda estão no clube? Com quem costuma conversar e de que maneira faz esses contatos?
Fernandão – Converso muito mais com os funcionários do vestiário. Dos jogadores, conversava de vez em quando com o Alex e muito com o Álvaro.
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