| 18/03/2009 13h12min
Após oito meses no poder e muitas frases do tipo “recebemos uma herança maldita” e “é tudo culpa da antiga administração”, membros da atual diretoria, que preferiram não ser identificados, e ex-cartolas do Vasco decidiram divulgar algumas notas fiscais referentes ao período em que o ex-presidente Eurico Miranda esteve no poder. Coube ao ex-vice de marketing José Henrique Coelho fazer várias denúncias contra o ex-mandatário vascaíno, entre elas o pagamento de contas pessoais com verba do clube de São Januário e até mesmo o consórcio de um Audi A3. As informações são do site GloboEsporte.com.
As acusações do ex-vice de marketing foram motivadas pela convocação de uma reunião extraordinária por parte de membros da oposição, nesta quinta-feira, em São Januário. Em pauta, os dirigentes querem explicações sobre a execução de duas ações na Justiça de José Henrique Coelho contra o Vasco e do pagamento de honorários advocatícios ao ex-vice jurídico Luiz Américo de Paula Chaves, atual assessor jurídico do clube.
– Eles querem usar da própria torpeza para usar em próprio benefício. O caso que é sinônimo da hipocrisia é que o ex-presidente utilizou as contas do clube para pagar contas pessoais. Todas as despesas da chapa azul (que tinha Eurico Miranda como candidato à presidência), em 2006, foram pagas pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Firmas de pesquisa foram pagas com o dinheiro do clube. O ex-presidente usou dinheiro do clube para escrever um livro se promovendo. O livro sequer foi lançado e o dinheiro foi mal empregado duas vezes. É um livro que não fala de ninguém e que ninguém vai ler. E essa pessoa ousa cobrar alguma situação – acusou Coelho.
Em entrevista em seu escritório, no Centro do Rio, José Henrique Coelho divulgou várias notas fiscais que teriam sido pagas pela tesouraria do Vasco. O dirigente citou o advogado Nélio Braga Chambarelli, o ex-assessor da presidência Ricardo Vasconcellos e o ex-presidente do conselho deliberativo João Carlos Gomes Ferreira, afirmando que todos faziam parte dos conselhos do clube e eram remunerados. Tal situação é proibida de acordo com o artigo 136 do estatuto cruzmaltino (não pode integrar nenhum dos poderes do clube o sócio que este preste, sob qualquer forma, serviço remunerado). O ex-dirigente também se mostrou indignado com o pagamento de honorários advocatícios em uma ação contra Eurico Miranda ao ex-conselheiro Marlan Marinho Júnior.
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