| 02/03/2009 03h59min
Depois de sofrer a segunda derrota para o Inter em 21 dias e completar o sexto Gre-Nal sem vitória desde o ano passado, Celso Roth detectou como razão para a derrota os fracassos de alguns jogadores nos clássicos. Ontem, titulares que decepcionaram em Erechim, como Tcheco, Réver, Rafael Marques e Adilson, além do reserva imediato Diogo, voltaram a apresentar falhas no Beira-Rio. É possível que casos específicos sejam reavaliados para partidas decisivas:
– Alguns jogadores dão sinais de dificuldade em clássicos. Tenho um grupo jovem, com alguns atletas mais velhos, mas que não jogaram muitos Gre-Nais.
Roth foi além. Ao analisar o desempenho da sua defesa nos dois clássicos de 2009, ele não escondeu a irritação com as constantes falhas na bola aérea. Ao final do jogo, quase como se não acreditasse na nova derrota, permaneceu estático na área
técnica, com a mão no rosto, ao lado do preparador
físico Beto Ferreira. Depois, na entrevista coletiva, frisou que os erros acontecem somente quando o adversário é o Inter – em Erechim, o primeiro gol também foi em bola erguida para a área.
– Voltamos a sofrer gols do Inter em bolas aéreas. A gente treina muito esse tipo de lance, mas parece que no clássico ou por erro de linha de impedimento ou por não pular, o erro ocorre. O Magrão estava sozinho no segundo gol. Acertamos o posicionamento contra outros times, mas parece que dá um branco contra o Inter – criticou o técnico.
A derrota de ontem deixou Roth na mira da torcida e de conselheiros. Apesar de colocar o Gauchão em segundo plano, ver o rival comemorar o título do primeiro turno afetou o vestiário. A direção tratará de blindar o técnico e evitar que pressões externas contaminem o ambiente no Olímpico. Dirigentes confirmaram: o esquema 3-6-1 para o clássico, com Diogo no time e Jonas fora, foi referendado por eles. Roth recebeu carta branca para seguir o trabalho
na Libertadores.
Jogada Comentada: o gol que deu o título ao Inter
O técnico justificou a mudança, a grande surpresa do clássico, como parte de um projeto maior: a Libertadores. Assegurou que o 3-6-1 será “testado” novamente na quinta-feira, contra o Ypiranga, na abertura do returno do Gauchão. O esquema será repetido contra o Boyacá Chicó, no dia 11, em Tunja, pela Libertadores.
– No segundo tempo, a ideia era colocar o Jonas e ficar com dois atacantes. Infelizmente, não conseguimos repetir a atuação, e o Inter foi superior – reconheceu o técnico.
Veja momentos importantes da partida que
deu o título da Taça Fernando Carvalho ao Inter
Segundo o técnico, alguns jogadores caem de rendimento no clássico e a defesa parece “ter brancos” contra o Inter
Foto:
Diego Vara
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