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 | 21/02/2009 07h11min

Cães abandonados terão chip na Capital

A partir de março, prefeitura adotará medida para controlar zoonoses

Andre Mags  |  andre.mags@zerohora.com.br

Um chip do tamanho de um grão de arroz poderá ajudar a encontrar cães abandonados e controlar zoonoses na Capital. A partir de março, os animais que chegarem ao Centro de Controle de Zoonoses da Capital deverão receber um implante com o objeto na região dorsal, entre as patas dianteiras.

As pessoas que adotarem os cachorros serão cadastradas no software do microchip. Com um leitor do tamanho de um celular passado sobre o local do implante, o chip será reconhecido e a ficha completa do dono aparecerá no computador, com dados como nome e endereço.



Em vídeo, saiba como funcionará o chip de identificação de animais


A medida servirá para que os responsáveis pelos bichos sejam identificados mais facilmente e, em caso de maus-tratos ou negligência, recebam a cobrança legal devida. Se a tecnologia já estivesse em uso, casos como o do cão que ficou preso por pelo menos três dias no Arroio Dilúvio poderiam ser mais fáceis de resolver. O dono seria avisado e, ao buscar o mascote, receberia um auto de infração por deixá-lo em via pública.

O circuito, fabricado em São Carlos (SP), fica dentro de uma cápsula de vidro de 2,2 milímetros por 12,2 milímetros encoberta por uma película antimigratória, que impede o chip de mudar de lugar no corpo do cão. A inserção é subcutânea, feita com uma agulha um pouco maior que o normal, segundo o veterinário José Carlos Sangiovanni, do Centro de Zoonoses. O estoque do centro tem 5 mil chips, que devem durar até 2010. Cada um deles, incluída a injeção, sai por R$ 15 – o custo é arcado pela Secretaria Municipal da Saúde, informou Sangiovanni.

– Todos os cães doados (pelo centro) recebem vacina contra raiva, desvermifugação e, a partir de março, terão os chips implantados – disse.

No futuro, a intenção é que todos os cães da cidade tenham identificação. Isso será possível com a obrigatoriedade legal aos donos para que façam o implante nos animais – neste caso, em clínicas veterinárias. O maior controle ajudaria também na identificação e prevenção de doenças. Somente até agosto de 2008, foram feitos 2.583 atendimentos antirrábicos na Capital.


No Estado
> Um projeto de lei que torna o implante obrigatório a todos os donos de cachorros deve ser protocolado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul até o final do primeiro semestre.
> De autoria do deputado Carlos Gomes (PPS), o projeto ampliaria o cadastramento para todo o Estado. Segundo o parlamentar, é uma proposta “de saúde pública, que serve para contagem populacional e para identificar os proprietários”
> Em um exemplo da importância da medida, um surto de raiva poderia ser combatido com mais eficácia se os cães tivessem chips. Sabendo da localização dos animais, seria mais rápido e fácil encontrá-los para vacinação ou verificação de focos da moléstia, diz o coordenador da vigilância ambiental de zoonoses do governo do RS, Celso dos Anjos

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