| 21/02/2009 07h11min
Um chip do tamanho de um grão de arroz poderá ajudar a encontrar cães abandonados e controlar zoonoses na Capital. A partir de março, os animais que chegarem ao Centro de Controle de Zoonoses da Capital deverão receber um implante com o objeto na região dorsal, entre as patas dianteiras.
As pessoas que adotarem os cachorros serão cadastradas no software do microchip. Com um leitor do tamanho de um celular passado sobre o local do implante, o chip será reconhecido e a ficha completa do dono aparecerá no computador, com dados como nome e endereço.
Em vídeo, saiba como funcionará o chip de identificação de animais
A medida servirá para que os responsáveis pelos bichos sejam identificados mais
facilmente e, em caso de maus-tratos ou negligência, recebam a cobrança legal devida.
Se a tecnologia já estivesse em uso, casos como o do cão que ficou preso por pelo menos três dias no Arroio Dilúvio poderiam ser mais fáceis de resolver. O dono seria avisado e, ao buscar o mascote, receberia um auto de infração por deixá-lo em via pública.
O circuito, fabricado em São Carlos (SP), fica dentro de uma cápsula de vidro de 2,2 milímetros por 12,2 milímetros encoberta por uma película antimigratória, que impede o chip de mudar de lugar no corpo do cão. A inserção é subcutânea, feita com uma agulha um pouco maior que o normal, segundo o veterinário José Carlos Sangiovanni, do Centro de Zoonoses. O estoque do centro tem 5 mil chips, que devem durar até 2010. Cada um deles, incluída a injeção, sai por R$ 15 – o custo é arcado pela Secretaria Municipal da Saúde, informou Sangiovanni.
– Todos os cães doados (pelo centro) recebem vacina contra raiva, desvermifugação e, a partir de março, terão os chips implantados – disse.
No futuro, a intenção
é que todos os cães da cidade
tenham identificação. Isso será possível com a obrigatoriedade legal aos donos para que façam o implante nos animais – neste caso, em clínicas veterinárias. O maior controle ajudaria também na identificação e prevenção de doenças. Somente até agosto de 2008, foram feitos 2.583 atendimentos antirrábicos na Capital.
No Estado |
> Um projeto de lei que torna o implante obrigatório a todos os donos de cachorros deve ser protocolado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul até o final do primeiro semestre. |
> De autoria do deputado Carlos Gomes (PPS), o projeto ampliaria o cadastramento para todo o Estado. Segundo o parlamentar, é uma proposta “de saúde pública, que serve para contagem populacional e para identificar os proprietários” |
> Em um exemplo da importância da medida, um surto de raiva poderia ser combatido com mais eficácia se os cães tivessem chips. Sabendo da localização dos animais, seria mais rápido e fácil encontrá-los para vacinação ou verificação de focos da moléstia, diz o coordenador da vigilância ambiental de zoonoses do governo do RS, Celso dos Anjos |
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