| 08/02/2009 22h02min
O Gre-Nal do interior foi uma festa mesmo para quem não pode entrar no estádio. Rádio no ouvido, em cima de árvores, cavaletes, cada um fez o que pode para ficar mais perto dos seus times. O jogo já estava rolando no Colosso da Lagoa e a família Pegoraro aproveitava o momento para tirar fotografias com o ônibus do Grêmio. Usando camisetas do time favorito, eles não puderam assistir ao jogo de dentro do estádio, devido ao preço dos ingressos.
— Para nós ficou muito caro, somos em quatro em casa — contou o fiscal de caixa de supermercado Macir de Ré, 49 anos.
Mas nem por isso a família ficou triste. Rádio no ouvido, a amiga Idesse Santin, 60 anos, cantou até o hino nacional junto com a rádio e não faltou empolgação. Nas proximidades do Estádio, valeu qualquer alternativa para ver o jogo. Alguns mais corajosos escalaram pinheiros com mais de 30 metros. Sobre cavaletes e muros, outros usaram terrenos vizinhos ao estádio para enxergar um pouco do campo.
No centro da cidade, um grupo se
uniu ao redor de uma van que vendia lanches. Mas o objetivo era outro. Uma televisão com paper-view transmitia o jogo atraindo também a clientela. Pequenos grupos de torcida se formaram ao longo de toda a avenida Sete de Setembro. Os auto-falantes nos porta-malas abertos - acostumados a ecoar música nas tardes de domingo - transmitiam o jogo. Enrolados em bandeiras e com camisas dos dois times, a torcida era tão empolgada quanto dentro do campo.
Infográfico mostra o Gre-Nal sem gaúchos:
O Gre-Nal foi uma festa também fora do estádio Colosso da Lagoa. Quem não pode entrar no estádio para ver o jogo, se acomodou como pode, ouvindo pelo rádio, subindo em árvores ou cavaletes
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