| 23/01/2009 15h59min
Os bispos dos Estados Unidos se mostram preocupados com o apoio do novo presidente, Barack Obama, ao direito ao aborto, e pedem que não assine leis "mais radicais" que a atual sobre a questão, afirmou hoje o prelado de Orlando, Thomas Gerard Wenski, em declarações à Rádio Vaticano.
— Os bispos e outras pessoas dos EUA estão muito preocupados com o decisivo apoio de Obama ao direito ao aborto — afirmou. — Algumas de suas promessas eleitorais causaram preocupação, perante o temor de que algumas das limitações ao aborto existentes sejam canceladas por um Congresso que seja majoritariamente favorável a esse direito de escolha e por um presidente favorável ao aborto — disse o prelado.
Wenski afirmou que os bispos americanos estão tentando convencer os cidadãos para que falem com os representantes do Congresso e se oponham a qualquer iniciativa que busque ampliar o direito ao aborto. O bispo acrescentou que, nos Estados Unidos, as normas que regem o aborto são bem
mais liberais que as
existentes na Europa, e ressaltou que, após uma sentença de 1973, "é possível que uma mulher possa abortar até minutos antes do nascimento natural da criança".
O bispo de Orlando insistiu em sua preocupação com o fato de que "ideólogos pró-abortistas" possam prevalecer no Congresso americano e apresentar a Obama uma proposta de lei "mais radical".
— Desejamos que isso não aconteça, mas, se for assim, esperamos poder convencê-lo a não assiná-la — ressaltou o bispo.
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