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Milhares de manifestantes ocuparam as ruas de algumas capitais árabes depois das orações muçulmanas desta sexta-feira, dia 21, e enfrentaram policiais que tentavam conter a raiva popular com a guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque.
A primeira vítima do segundo dia de protestos foi um menino iemenita de 11 anos, morto em troca de tiros entre a polícia e manifestantes em Sanaa, capital do Iêmen. A polícia impediu que cerca de três mil manifestantes marchassem até a embaixada dos Estados Unidos.
No Cairo, pelo menos cinco mil egípcios protestaram contra a guerra reunidos diante da histórica mesquita de al-Azhar depois das orações do meio-dia. Alguns dos fiéis começaram a entoar cânticos anti-americanos e jogaram pedras e móveis do teto da mesquita contra os policiais da tropa de choque.
Um fotógrafo da agência Reuters disse que a polícia usou canhões de água diversas vezes contra alguns dos manifestantes, e tinha cães policiais em prontidão caso os protestos escapassem do controle.
Jovens libaneses armados de pedras e gritando "morte aos Estados Unidos" foram contidos pela polícia de choque de Beirute enquanto tentavam, sem sucesso, invadir a embaixada norte-americana dizem testemunhas.
Eles afirmaram que dezenas de jovens foram atingidos pelo gás lacrimogêneo usado pelos policiais para impedir que centenas de manifestantes chegassem à embaixada depois das orações da sexta-feira.
Na capital da Jordânia, Amã, centenas de policiais de tropas de choque ocuparam as ruas depois que líderes islâmicos instaram seus fiéis a desafiar a proibição do governo a manifestações contra a guerra. Funcionários do governo dizem que o rei Abdullah discursará aos jordanianos nesta sexta-feira, provavelmente fazendo um apelo à calma.
Manifestações contra a guerra também foram realizadas em diversas cidades européias. Na capital da Grécia, Atenas, milhares de manifestantes contra a guerra tomaram as ruas e centenas deles entraram em confronto com a polícia de choque diante da embaixada dos Estados Unidos.
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