Foi de tanto observar Ronaldinho que o meia Marquinhos, 18 anos, desenvolveu a habilidade que o transforma no maior destaque do Inter na Copa São Paulo. Disposto a crescer, também, como marcador, ele espelha-se agora no argentino Guinãzu. A técnica de Marquinhos, 1m73cm, 70 quilos, natural de Selbach, norte gaúcho, foi o diferencial na vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Figueirense, atual campeão, ontem, em Paulínia. Classificado às quartas-de-final, o time de Osmar Loss enfrenta na terça o São Paulo, que fez 4 a 1 no Barueri.

No primeiro gol, marcado aos 43 minutos do primeiro tempo, ele driblou pelo lado direito e fez passe para Léo marcar. No segundo, aos 25 minutos da etapa final, Marquinhos livrou-se do zagueiro Alexandre e do goleiro Daniel no mesmo lance antes de marcar.

Filho de pai pedreiro e mãe dona de casa, Marquinhos jogou futsal dos 14 aos 16 anos em Carazinho e Tapera. Com 15, foi aprovado em testes para futebol de campo no Juventude, mas preferiu voltar para Selbach.

Depois de marcar 15 gols pelo Passo Fundo no estadual de juvenis em 2007, foi trazido para o Inter pelo empresário Fernando Otto. Além da técnica exuberante, o meia também destaca-se pelos gols. Fez cinco na Copa Lupi Martins e oito no Brasileiro Sub-20. Na Copa São Paulo, já foram quatro. Modesto, Marquinhos divide os elogios com todo o grupo.

– Somos muito fechados – diz o jogador, que também é fã de Alex, de quem deverá ser companheiro no grupo principal ainda este ano.

Antes, quer aprender a marcar. Por isso, valoriza as lições de Guinãzu. No início do ano, durante sessões de reforço muscular no vestiário, tornou-se amigo do argentino, que se recuperava de lesão.

– Fazia só dois meses que eu havia chegado. Ele se aproximou e disse que iria me ensinar a correr certo e me orientar no gramado – conta Marquinhos, que esta semana, bem como Léo, irá renovar contrato por cinco anos.