| 16/01/2009 16h31min
O superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal, Vanderlei Langer, disse, na tarde desta sexta-feira, que é bem provável que o ônibus com a delegação do Brasil-Pe estivesse acima da velocidade permitida quando entrou na curva no acesso entre a RS-471 e a BR-392. O veículo tombou no local e caiu em um barranco, vitimando três pessoas. Langer destacou que o tacógrafo, que ainda não foi encontrado, ajudará muito a polícia a esclarecer o que aconteceu. O equipamento serve para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade.
– Se nós tivéssemos o disco do tacógrafo agora, seria a prova cabal para esse acidente. Teríamos verificado perfeitamente a variação de velocidade, que poderia nos indicar se o motorista estava ou não dormindo. Poderíamos também identificar qualquer saída de pista que tivesse ocorrido antes do acidente, alguma freada brusca – declarou.
Segundo o superintendente, pelo tamanho do ônibus, seria recomendado que a velocidade fosse até inferior a 40km/h:
– Se a polícia sinaliza o local para 40km/h é porque realmente tem que ser 40km/h, e não 80km/h, 90km/h. Em se tratando de um veículo maior, seria prudente entrar nessa curva até com menos da velocidade permitida, porque é um veículo que, ao passar pela curva, vai pender para algum lado. Pelo meu tempo de serviço, não tenho dúvida que o excesso de velocidade existiu – explicou.
Langer disse ainda que a Polícia Rodoviária Federal tem aumentado a fiscalização nos ônibus e lembrou a importância do uso do cinto de segurança nas viagens. Sobre o sumiço do tacógrafo, somente uma pessoa com conhecimento técnico poderia fazer a retirada do equipamento
– Tem que desligar os cabos que existem atrás dele, o que vem da caixa de câmbio, os sensores. Só quem conhece mesmo que poderia retirar com maior facilidade – salientou.
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