| 16/01/2009 11h44min
O clima era de descontração no ônibus do Brasil-Pe momentos antes do acidente. Segundo o lateral-esquerdo Alemão, os jogadores conversavam e ouviam música durante a viagem, quando perceberam que o ônibus não conseguiria fazer a curva. O veículo acabou tombando em um barranco no acesso da RS 471 à BR BR-392, no km 150, em Canguçu, por volta das 23h40min desta quinta-feira, resultando na morte do atacante Claudio Milar, do zagueiro Régis e do preparador de goleiros Giovani Guimarães. Alemão destacou que tudo foi muito rápido:
– Eu estava do lado esquerdo. Quando a curva foi feita para direita, eu até olhei e estava vendo que o ônibus não ia aguentar. Peguei na mão do Xuxa que estava ao meu lado e falei "Segura, amigo, acho que a gente vai tombar". Aconteceu, a gente não espera, não está preparado. Eu me lembro de todo mundo gritando, foi uma coisa horrível – declarou.
Alemão contou ainda como conseguiu sair do ônibus:
– Depois que o ônibus tombou, até fiquei em uma posição que não era ruim, estava me mexendo e só não conseguia sentir meu braço. O Danrlei já estava fora do ônibus e começou a gritar, me chamando também. Demorei uns 10 minutos para sair – explicou.
O jogador tem lesão na cabeça e sofreu uma fratura no braço, que necessita de cirurgia, mas passa bem. O lateral-esquerdo Rafael também falou sobre o acidente. Ele estava próximo de Claudio Milar dentro do ônibus:
– Quando o ônibus deu a freada, eu levantei e fui ao corredor para assistir. Vi certinho a hora que o motorista freou e virou demais a direção, o ônibus caiu no asfalto de lado e foi se arrastando até o penhasco. Na última capotagem, eu caí para fora, quando faleceram o Milar e nosso preparador de goleiros, o Giovani – revelou.
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