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Após o início dos ataques contra o Iraque, o Vaticano anunciou estar extremamente preocupado com a consolidação do conflito armado em detrimento a uma solução diplomática.
– O Vaticano está profundamente aflito com os últimos acontecimentos no Iraque – afirmou o porta-voz do papa João Paulo II, Joaquin Navarro-Valls, em um comunicado.
Navarro-Valls disse ainda que lamenta a resistência de Saddam Hussein em aceitar as resoluções de desarmamento das Nações Unidas. O papa João Paulo II foi uma das maiores vozes contra a guerra e seus esforços não foram suficientes para modificar a resolução anglo-americana de iniciar a ofensiva contra o governo iraquiano.
A embaixada do Vaticano em Bagdá continuará aberta durante o conflito militar. O cardeal Pio Laghi declarou que agora é preciso estar próximo dos vizinhos iraquianos para ajudá-los a enfrentar as conseqüências da guerra.
No dia 5 de março, o cardeal entregou a Bush uma carta pessoal do papa defendendo a solução diplomática e dizendo que o Vaticano não consideraria o conflito como uma ''guerra justa''. A crise levou as relações entre a Santa Sé e os EUA a seu nível mais tenso em quase 20 anos.
Laghi, enviado pelo papa João Paulo II para demover George W. Bush da resolução de iniciar uma guerra, criticou Saddam Hussein por convocar seu povo para a Jihad, ou guerra santa, contra os invasores.
– Quando oficiei minha missa esta manhã, evoquei Deus, o Deus da paz. Ele evocou outro Deus esta manhã, o Deus da guerra, e isso é terrível – afirmou.
O cardeal Roberto Tucci disse à Rádio do Vaticano que a a guerra já estava decidida muito antes de ser conhecido o resultado das inspeções de armas da ONU. Segundo Tucci, a guerra é uma derrota para a razão e o Evangelho.
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