| 13/01/2009 17h47min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá se ocupar nesta e na próxima semana das discussões em torno da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado. No entanto, conforme o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, Lula só vai abordar o assunto depois de conversar com o senador José Sarney (PMDB-AP) sobre sua disposição de se candidatar à presidência do Senado.
Em um primeiro momento, o senador manifestou o desejo de não entrar na disputa, mas há rumores de que ele agora veria a ideia com simpatia. A candidatura de Sarney provocaria mudanças no cenário dos partidos da base aliada do governo, já que hoje o PT apoia o senador Tião Viana (AC) para a presidência do Senado.
No caso de uma candidatura de Sarney, Múcio afirmou que caberá a Lula tomar qualquer decisão em relação a Tião Viana. O ministro não quis comentar a possibilidade de Viana ser contemplado com um cargo no Executivo no caso de uma candidatura do Sarney com o apoio do
Planalto. Múcio ressaltou, no
entanto, que antes de qualquer conversa de Lula com Sarney o apoio a Viana está mantido:
— Nosso candidato continua Tião Viana.
José Múcio afirmou ainda que o cenário ideal é ter as presidências divididas entre os dois partidos aliados: o PMDB no comando da Câmara, com Michel Temer (SP), e o PT na do Senado, com Tião Viana. Questionado sobre um possível desequilíbrio de forças, caso o PMDB fique na presidência das duas Casas, Múcio disse que não se pode deixar nenhum dos dois partidos em situação incômoda e que Lula conversará também com o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
— Qualquer movimento desses mexe no equilíbrio de forças. Só um jogo combinado para que ninguém se sinta diminuído, ou traído, ou não participando do processo — disse Múcio. — Qualquer que seja o resultado dessa disputa o governo que ser parceiro do resultado — concluiu.
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