| 12/01/2009 19h31min
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), admitiu nesta segunda-feira, pela primeira vez, que poderá desistir de disputar a reeleição para continuar no comando do Senado caso a bancada do PMDB peça para ele abrir mão da disputa.
— O PMDB me lançou. Foram 17 senadores da bancada e mais outros dois, somando 19. Se esses 19 me pedirem para desistir, aí tenho que atender. Se a bancada pedir, abro mão. Não sou candidato de mim mesmo — disse.
Garibaldi desembarcou hoje em Brasília em meio às especulações de que o senador José Sarney (PMDB-AP) irá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e poderá confirmar sua candidatura à presidência do Senado.
Garibaldi telefonou para Sarney, mas não avançou na conversa, uma vez que o ex-presidente disse estar muito gripado.
— Não perguntei se ele seria candidato porque respeitei a gripe dele — observou.
O presidente do Senado conversou ainda ao telefone
com o senador petista Tião Viana (AC), também candidato ao
cargo, que teria 52 votos.
— Eu já passei disso. Ninguém está mentindo. Os senadores são generosos — brincou Garibaldi. Apesar das informações dando conta de que o presidente Lula participará das articulações em torno da sucessão no Senado, Garibaldi acrescentou:
— O presidente Lula pode ter a preferência dele, mas não acredito que ele vá interferir.
Apesar de admitir a possibilidade de atender a um apelo da bancada do seu partido para não disputar as eleições do Senado, Garibaldi insistiu em dizer que, em toda a sua trajetória política, nunca desistiu no meio de uma candidatura.
— Fui candidato 11 vezes e só perdi uma. Quero saber quem me colocará para correr. Será o Tião Viana, será o Sarney? — perguntou.
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