| 09/01/2009 05h33min
Um segredo é mantido intocado pelos dirigentes do Beira-Rio: o escudo do clube vai mudar no ano do centenário. Resta saber como será.
O segredo é guardado pelo marketing do clube. A mudança será sutil. O vice de marketing Jorge Avancini pensa em fazer com que o mundo identifique melhor o Inter. Quer que o nome nunca mais seja confundido em outros países. Na véspera do Mundial de 2006, a Fifa chamou o Inter de Porto Alegre no site oficial.
– Não posso voltar a jogar no Japão ou em Dubai e não me chamarem pelo meu nome – afirma Avancini.
Uma pista pode ser o escudo desenhado nos pilares ao lado da porta da nova Loja InterSport do Beira-Rio.
A coroa alusiva à Tríplice Coroa (Libertadores, Mundial e Recopa) ou qualquer estrela referente a algum outro título sumiram. Ao redor do símbolo, foram colocados o nome e o ano de fundação.
A iniciativa vai ao encontro com a filosofia de grandes clubes da Europa. Equipes
multicampeãs como Barcelona, Real Madrid e Manchester United
ostentam apenas os escudos.
A tendência chegou ao Brasil. Em 2009, o Vasco apresentará no lado esquerdo da camiseta apenas a cruz de malta. Para 2010, estuda-se uma modernização do escudo.
No Cruzeiro, ficou apenas a coroa, referente aos títulos do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileirão de 2003. Também um questão estética.
– É para limpar, dar ao torcedor uma opção de camisa mais bonita. Se for estampar tudo, vira um outdoor ambulante – argumenta o diretor de marketing do Cruzeiro Antônio Claret Nametala.
O multicampeão São Paulo, por estatuto, mantém apenas estrelas das conquistas mundiais (veja quadro). Julio Casares, vice de marketing do clube paulista, lançou a ideia de retirá-las. Na opinião dele, há uma banalização das estrelas nas camisetas dos clubes de futebol do Brasil:
– Nada contra, mas tem gente que ganha a Série B e está colocando. O que faz você se lembrar da conquista é a marca, a
camisa.
O Inter segue com os uniformes de 2008 na
Serra. Deve disputar algumas partidas do Gauchão com ele. A mudança estética e do escudo, provavelmente aliado a novos uniformes, deve ocorrer no início de fevereiro. Para não estragar a surpresa, Avancini mantém o segredo se esquiva quando questionado sobre as mudanças. Dá apenas uma dica:
– Cada vez mais as pessoas identificarão a instituição que está por trás do escudo.
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