| 08/01/2009 23h49min
Outro escândalo envolvendo a arbitragem brasileira foi divulgado nesta quinta. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, foi acusado de fazer propostas envolvendo dinheiro aos árbitros Djalma Beltrami (RJ), Wagner Tardelli (SC) e Alício Pena Júnior (MG) para que estes saíssem por conta própria do quadro de árbitros da Fifa. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Tardelli afirmou que não existia compensação financeira, pelo menos na proposta feita a ele.
– A proposta realmentre aconteceu, mas não com relação a dinheiro. Fazendo 45 anos em 2009, ou seja, o último ano de carreira, eu teria que deixar o quadro internacional e a arbitragem. Como não tinha nenhuma competição internacional nesse ano, a não ser Sul-Americana ou Libertadores, ele fez essa proposta de eu antecipar minha saída para ganhar mais um ano de carreira – explica.
Segundo Tardelli, a proposta de Sérgio Corrêa era de renovação do quadro internacional. Além disso, ele diz que a CBF não iria mexer na taxa recebida pelos árbitros para apitar campeonatos internacionais, que é de R$ 2,8 por jogo.
– Recebi isso até como prêmio de esticar minha carreira, embora que no nível nacional.
Se as propostas feitas aos outros árbitros envolviam dinheiro, Tardelli diz que não sabe. O juiz comenta que a conversa entre eles foi tranquila, e que outros juizes sabiam da intenção de Corrêa.
– Não posso responder pelos outros, comigo o Sérgio Corrêa foi muito tranquilo, me fez essa colocação de renovação. Conversei isso com o Carlos Simon, com o Leonardo Gaciba, com o Héber Roberto Lopes, e eles entenderam minha posição. Não vou abrir mão de trabalhar em uma competição a mais, que
é o Brasileiro, interressante e valorizado, em
razão de vaidade de escudo. Nada além disso foi colocado para mim. Só foi uma retribuição pelos 20 anos de carreira que eu tenho – explica.
Saiba mais sobre o caso.
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